Hoje celebramos a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo. Através deles, os ensinamentos de Jesus puderam chegar até nós, pois eles foram importantes personagens dos primórdios do cristianismo. Reconhecidamente, eles são os santos que plantaram a Igreja e a resgataram com o seu sangue. Foram capazes de beberem do cálice do Senhor e se tornaram os verdadeiros amigos de Deus.
13º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica: Vermelha
1ª Leitura: Atos 12, 1-11
Salmo: 34/33
2ª Leitura: 2 Timóteo 4, 6-8. 17-18
Evangelho: 16, 13-19
A afirmação de PedroJesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
Pistas para reflexão
A identidade de JesusA testemunha de Jesus é sempre alguém que incomoda e, a exemplo do Mestre, é exposto ao sofrimento e à morte. Nesse sentido, após reconhecer que a missão está concluída, o cristão fiel encara o fim da vida com serenidade. Seguindo seu exemplo, a comunidade deve colher e estender o perdão, dom de Deus.
No entanto, podemos ver nesta narrativa, presente nos três evangelhos sinóticos, que a indetidade de Jesus está em questão.De um lado, pode-se perceber que dois títulos se confrontam: Filho do Homem e Cristo. Jesus, com freqüência, identifica-se como o "Filho do Homem". Por outro, os discípulos originários do judaísmo identificam Jesus como o "Cristo". O "Filho do Homem" é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus. "Cristo", que é sinônimo de messias ou ungido, é um título aplicado abundantemente a Davi, ou a um seu descendente, no Primeiro Testamento, estando associado à idéia de um chefe poderoso e dominador.Porém, em seguida à "profissão de fé" de Pedro, vem o anúncio da Paixão, no qual Jesus se revela frágil e vulnerável à violência dos opressores, descartando qualquer disputa de poder. E, ainda ligado ao mesmo tema, seguem-se as condições para seguir Jesus: renunciar aos projetos de glória deste mundo, consagrando sua vida ao serviço dos oprimidos e excluídos em uma comunhão de amor que é a comunhão com Jesus e o Pai.
Ilumindos pela primeira e segunda leituras, temos as memórias de Pedro e Paulo, que entregaram suas vidas a serviço do anúncio do evangelho de Jesus.Esses apóstolos, vocacionados desde o ventre materno, deram continuidade à missão de Jesus: curar e libertar dos males e pregar o evangelho. Graças a sua fidelidade, Pedro é convidado a conduzir os filhos e filhas de Deus. Sejamos como Pedro e Paulo; verdadeiros seguidores de Jesus.
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