"Tu és meu Filho amado"
Mistério do Batismo
Mistério do Batismo
Leituras:
Isaías 42,1-4.6-7;
Salmo 28;
Atos 10,34-38;
Marcos 1,7-11
Marcos 1,7-11
Nesse Domingo, que comemora o batismo de Jesus, mais uma vez encontramos a figura do Precursor, João Batista, que foi um dos principais personagens das liturgias do Advento. Mas, na leitura de hoje, a ênfase cai na aceitação não somente do batismo de João, mas de quem viria depois dele: literalmente, “atrás de mim”. A expressão, que denota a dignidade de quem vem depois do arauto, como num cortejo, põe toda a importância na pessoa que vem - pois tirar as sandálias era serviço de um escravo. Jesus é o mais importante, pois, com a vinda d’Ele, inaugura-se o tempo de salvação, esperado naquele tempo por muitas pessoas e grupos somente para o fim dos tempos.
Celebramos o Mistério Pascal de Cristo na Manifestação do Senhor. Esta festa não tem a solenidade que merece. É a entrada de Cristo na vida pública, revelação do Mistério da Trindade, unção messiânica de Jesus, definição da missão do Espírito, dimensão universal da salvação. No Batismo de Jesus acolhemos a apresentação de Jesus ao povo judeu. O Pai apresenta o Filho como Dileto. O Espírito lhe confere uma missão profetizada por Isaias ao apresentar o Servo. Sua missão se define como amor do Pai. Será sempre conduzido pelo Espírito.
A figura do Servo sofredor é atribuída a Jesus. Ele vem para libertar. Pedro inicia o contato com os pagãos diz que “Ele andou por toda a parte, fazendo o bem”. O Espírito move-o a libertar, levar o direito e interpretar o projeto de Deus. Seu Batismo o impele a fazer o bem, pois é o Filho que recebe todo o amor do Pai. Jesus tem uma missão universal.
O sacramento do Batismo continua fazendo saber que somos filhos amados do Pai. Sem essa consciência, o sacramento não vai muito além do rito. Cada um é filho amado. Para corresponder a esse amor, cada cristão assume o caminho de Jesus, fazendo o bem. Para revigorar nossa fé, temos que fundá-la na fraternidade que se vive na Eucaristia.
Eu sou um filho amado
O que mais pode nos impressionar, em nosso Batismo, é receber a mesma palavra do Pai: "Tu és o meu filho amado" (Mc 1,11). Sem essa consciência, o Batismo não vai muito além de um rito. Cada um é filho, servo amado de Deus. Para corresponder a este amor, cabe a cada cristão assumir a mesma missão de Jesus, do Filho Dileto. Esse amor acontece quando passamos a vida fazendo o bem, como fazia Jesus. Temos que revigorar nossa fé e fundá-la na fraternidade que vive na Eucaristia.
Celebrando essa festa litúrgica, renovemos o compromisso do nosso batismo, comprometendo-nos com o seguimento do Mestre como discípulos-missionários, na intuição da Conferência de Aparecida, no esforço da construção do mundo que Deus quer, um mundo onde reinam o amor, a justiça e a verdadeira paz. O nosso batismo confirma que somos parceiros de Deus no ato permanente de criação, fazendo crescer o Reino d’Ele, que “já está no meio de nós” (Mc 1,14).
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