sábado, maio 2

Celebração e Teatro do Dia das Mães


CELEBRAÇÃO


APRESENTADOR: Estou procurando uma mulher capaz de lutar por grandes ideais. Uma mulher que, embora frágil, suporte as dores mais difíceis da vida.Sim, procuro uma mulher com tanto amor para dar, que seja capaz de dar a vida pelos outros. Vocês conhecem uma mulher assim?
(No palco surgem crianças que recitam estes textos e saem.)
Criança 1: Mãe, onde está o meu caderno de caligrafia?Criança 2: (do outro canto) Ô mãe, eu to com fome!Criança 3: Mãezinha, ajuda a amarrar meu cabelo?Criança 4: Mãe, peça ao pai deixar eu ir hoje na festinha do Roberto!
APRESENTADOR: É esta a mulher que eu procuro. Ela existe dentro de cada menina que brinca diante de nós. Sim, ela é um dom de Deus que floresce quando é convidada a partilhar com Ele o ato da criação. É a mulher que, no nosso dia-a-dia, parece muito comum em nosso sofrido Brasil, menos, talvez, nos chamados paises do primeiro mundo.
(Uma de cada vez, as mães entram e travam diálogo com a platéia.)
MÃE 1 (caracterização: dona de casa): Ah, como me sinto feliz ao ver meus filhos tão saudáveis e empenhados em suas tarefas! A minha família é a minha alegria.
Com meu esposo vibramos com tudo que nela acontece. Acreditem, nunca imaginei que seria capaz de ter sentimentos tão fortes.
MÃE 2 (caracterização: professora): Quando eu era moça, esperava a comida prontinha que mamãe colocava na mesa. Exigiam dela que minhas roupas fossem sempre limpinhas. Passava longas horas no telefone! Conversas e mais conversas que caíam na conta de meus pais. Antes de ser mãe, eu não tinha hora para acordar. Claro, havia programas interessantes na TV e eu nunca me preocupava com a hora de ir para a cama! Sim, eu era uma moça descansada, irresponsável.
Mas agora sou mãe, em casa e na escola. Como amadureci com isso! Posso Ihes afirmar que é muito bonito ser mãe de meus filhos e dos filhos que outras mãe me confiam para ensinar e educar. O amor não deve ter limites!
MÃE 3 (caracterização: rica): Antes de ser mãe, eu não me preocupava com os problemas de minha família. Conhecia só os direitos, os deveres pertenciam só aos pais. Antes de ser mãe, ninguém vomitou nem fez xixi em mim.Agora tudo mudou. Agora sou mãe. Isso é bom demais.O papa João Paulo I afirmou que o próprio Deus é mãe.Eu não duvido: Ele é o amor personificado!
MÃE 4 (caracterização: operária): Meus amigos e minhas amigas, antes de ser mãe eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse mudar tanto a minha vida. Eu nunca imaginei que pudesse amar tanto assim.Adoro ser mãe. Nunca havia conhecido a sensação de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
MÃE 5 (caracterização: negra): Eu não conhecia e nem imaginava o profundo laço que existe entre a mãe e a sua criança. A felicidade de alimentar um bebê faminto. Nunca poderia imaginar o calor, a alegria e a satisfação de ser mãe. Vocês, moças, às vezes temerosas diante de seu futuro, sonhem com o ideal de ser mães. Sinto-me uma rainha!
TODAS AS MÃES: Oh, Deus, você nos fez frágeis e fortes ao mesmo tempo. Nós participamos do seu poder criador.
(As mães ficam ao lado do palco. Entra a mãe índia.)
MÃE 6 (caracterização: índia): Mesmo que nunca tenha gerado um filho. Mesmo que nunca venha a gerá-lo, toda mulher é mãe! Mãe dos irmãos, mãe dos amigos, mãe dos animais, mãe da terra. Para nós, mães índias, é um presente de Deus podermos gerar uma nova criatura e educá-la nos nossos costumes,
(Entram 3 crianças: um menino e uma menina de 7 a IO anos e um neném de colo. Trazem um ramalhete de flores e se colocam no centro do palco. Aproximam-se as mães.)
TODAS AS MÃES: A mãe índia tem razão: há mulheres que consideram um peso participar da criação de Deus. Nós nos orgulhamos da vida nova que brota de dentro de nós: é um presente sagrado.
(As mães do palco descem e oferecem às mães da platéia as flores que estão com as crianças. Colocar uma música Mariana ou entoar um canto adequado.)
(Após a música, encerrar com este jogral recitado por jovens.)
Jovem 1: Não queremos mães escravas para suprir necessidades!
Jovem 2: E nem queremos mulheres que assumam a maternidade como pura necessidade da natureza!
Jovem 3: Só queremos nos alegrar com você, mãe, por este dom que Deus Ihe deu!
TODOS: Deus nos ama com Amor de Mãe!
Jovem 1: Seu abraço protetor...
Jovem 2: Seu sorriso restaurador...
Jovem 3: Só nos faz perceber que...
TODOS: Deus nos ama com Amor de Mãe!
Jovem 1: Mãe, você não pode ser explorada!
Jovem 2: Mãe, você é a pérola mais preciosa da humanidade !
Jovem 3: Mae, você se assemelha com a Mãe do nosso Redentor!
Jovem 2: Humilde...
Jovem I: ... mas corajosa!
Jovem 3: Atenciosa...
TODOS: ...mas, acima de tudo, destemida e apóstola!
Jovem 1: É por isso e mil outras razões que Ihe dirigimos esta oração:
Jovem 2: "Querida mãezinha, cheia de alegria..."
Jovem 3: "Nosso Pai do Céu e também da terra estejam sempre com você...
Jovem 1: "Abençoada seja você entre todas as criaturas..."
Jovem 2: "E abençoados sejam também todos aqueles a quem você ama..."
Jovem 3: "Santa e abençoada Mamãe...
Jovem 1: "Olhe por nós, seus filhos queridos..."
Jovem 2: "Que, pela ingratidão, muitas vezes você chorou..."
Jovem 3: "Mas sempre Ihe amamos e por isso pedimos":
TODOS: "Esteja ao nosso lado hoje e çempre, amém!"
(Tocar uma bonita Ave Maria, enquanto os jovens descem e abraçam as mães da platéia com as quais poderão realizar uma confraternização).
Etori Caldeira de Amorim




CELEBRAÇÃO

Animador: Amigos e amigas, sejam todos bem vindos para esta celebração, na qual queremos honrar a nossa querida mãe do céu. Nela temos um modelo no qual podemos nos espelhar. Iniciemos a nossa celebração entronizando solenemente a sua imagem. Enquanto isso cantemos juntos:
Canto:
MOMENTO DE PERDÃO
Animador: Deus coloca Maria diante de nós, como modelo a ser seguido. Nós, muitas vezes, preferimos os modelos que o mundo, a sociedade e os meios de comunicação social nos apresentam. Por isso, com humildade, a cada expressão digamos juntos:
Todos: Perdoai-nos e tornai-nos como Maria.
Leitor 1: Maria é modelo de oração. Pelas vezes que rezamos mal e deixamos de rezar em nossa família, nos grupos e na comunidade:
Leitor 2: Maria é modelo de fidelidade à Palavra de Deus. Pelas vezes que manifestamos pouco interesse em conhecer e praticar a Palavra de Deus:
Leitor 3: Maria é modelo de serviço e doação. Pelas vezes que somos insensíveis ao sofrimento do próximo e só pensamos em nós:
Animador: Deus, fonte de todo amor e misericórdia, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos acolha em teu Reino.
Todos: Amém!
Canto de alegria: Glória ao Pai, ao Deus da luz! / Glória ao seu Filho, Jesus! / Glória ao Espírito Santo! / Glória! Amém! (Bis)
PALAVRA DE DEUS
Animador: Vamos acompanhar agora uma passagem da vida de Maria e, em seguida, refletiremos juntos sobre as implicações para a nossa vida diária.
Leitor: Naquele tempo, Maria levantou-se...
Todos: Feliz és tu que levantas e acreditas que podes fazer o mundo ser um pouco melhor, com teu esforço e com teu trabalho.
Leitor: ...e foi às pressas à montanha.
Todos: Feliz és tu que te apressas para ajudar um irmão mais necessitado, e acreditas que, se tu não o fizeres, ninguém o fará por ti.
Leitor: Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Todos: Feliz és tu que visitas, levando tua palavra amiga a um lar ou a um coração que precisa de um gesto gratuito de amor.
Leitor: Quando Isabel, grávida de seis meses, ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu em seu ventre.
Todos: Feliz és tu que acreditas que uma criança, um filho, é o maior investimento no banco da vida.
Leitor: Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Todos: Feliz és tu que abres teu coração para que o Espírito de Deus possa ali construir seu mundo de justiça, de perdão e de paz.
Leitor: Bendita és tu entre as mulheres...
Todos: Feliz és tu que acreditas que a dignidade não passou da moda, mas que continua sendo o grande ornamento das mulheres.
Leitor: ...e bendito é o fruto do teu ventre.
Todos: Feliz és tu que saúdas com alegria o ventre dilatado de uma mulher e acreditas que todos que nascem são sinal de que Deus não perdeu a esperança nas pessoas.
Leitor: Como pode ser que a mãe de meu Senhor venha até mim?
Todos: Feliz és tu que não te julgas grande demais para servir e pequeno demais para pedir.
Leitor: Mal a tua saudação ressoou em meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre.
Todos: Feliz és tu que sabes parar para ouvir a saudação de um amigo, um coração em pranto, um grito por justiça, um canto de esperança, uma palavra de fé e de perdão.
Leitor: Feliz és tu que acreditaste que se cumpria tudo o que te foi dito da parte do Senhor.
Todos: Feliz és tu que acreditas na vida, nas pessoas, na bondade de Deus que caminha conosco, em todos os momentos, em todas as situações.
(Minutos de silêncio)
Canto:
Momento de Reflexão
1. Que lugar Maria ocupa em nossa vida de cristãos?
2. De que forma seu exemplo ajuda nossa caminhada cristã?
PRECES
Animador: Rezemos juntos a Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, para que nos ajude a seguirmos seu exemplo e tenhamos a força de dizermos, como Ela, o nosso SIM.
Lado A: Maria, Mãe do amor, ajuda-nos a amar e viver o amor.
Lado B: Maria, Mãe da esperança, ajuda-nos a viver e ser esperança para os que encontramos.
Lado A: Maria, Mãe da justiça, livra-nos da tendência de julgar e ajuda-nos a encarnar a justiça em nosso mundo.
Lado B: Maria, Mãe do silêncio, ensina-nos que o silêncio é a terra fecunda em que a Palavra pode nos renovar e transformar.
Lado A: Maria, Mãe da verdade, ensina-nos a sermos verdadeiros, transparentes e libertos da hipocrisia e da mentira.
Lado B: Maria, mãe da vida, livra-nos da morte do pecado, do egoísmo, e ressuscita-nos para a vida plena.
Todos: Amém!
Animador: Maria, que sempre rezava com seu filho Jesus, hoje nos convida a rezarmos juntos a linda oração que Ele nos ensinou.
Todos: Pai Nosso...
Bênção final
Abraço da paz


Fonte: Missão Jovem








Maria: A Mãe Solidária

Animador: Queridos irmãos e irmãs, Maria, ao dizer: "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38), comprometeu-se profundamente com o projeto que Jesus viria propor à humanidade. Hoje, nós queremos refletir sobre Maria, a mãe solidária, a mulher que trouxe o Filho de Deus ao mundo, sempre presente na vida das pessoas e das comunidades...
Canto:
Animador: Vamos agora recordar dois momentos importantes da história da salvação em que Maria esteve presente.
Leitor 1: Ela esteve presente aos pés da cruz, partilhando o sofrimento de seu Filho. Por isso, Maria mereceu participar do destino de Jesus e de sua glória na ressurreição. Com Jesus, Ela venceu o pecado, o mal e a morte.
Leitor 2: Ela esteve presente no cenáculo, no dia de Pentecostes, junto com os apóstolos. Maria invoca a vinda do Espírito Santo para que lhes dê a coragem de anunciar e testemunhar o Cristo ressuscitado.
Animador: Em quais outros momentos Maria esteve presente?
(Pedir a participação de todos...)
Canto:
Animador: Maria gerou e educou o menino Jesus. Dizem que o amor mais forte que existe no mundo é o amor de uma mãe para com os filhos. Sem dúvida, Maria amou Jesus como nenhuma mãe o soube fazer, pois Ela sabia da importância de Jesus para a humanidade. Mas, como será que, hoje, Jesus é "gerado" em nossas comunidades?
Leitor 1: A geração de Jesus acontece quando pessoas e comunidades vão praticando o Evangelho.
Leitor 2: Ninguém é concebido pronto, precisa ser gestado. Assim, o projeto de Deus, nas comunidades e grupos, deve ser vivido e praticado.
Leitor 3: O profeta Isaías diz que a chuva engravida a terra seca, que, assim, gera vida. A vegetação que parecia morta, com a chuva recomeça a reviver.
Todos: Maria traz à luz Jesus Cristo, a verdadeira vida para todos.
ATO PENITENCIAL
Animador: Vamos pedir perdão pelas vezes em que não colaboramos para a construção do projeto de Deus. Pelas vezes em que "secamos" ainda mais a vida da comunidade, impedindo que a "chuva" do amor renove a nossa vida. Afinal, também nós estamos envolvidos nas estruturas de morte e, pelo nosso silêncio, pelos nossos medos e omissões, somos responsáveis pelo mal que há no mundo. Deixemo-nos interpelar por estes dados e peçamos perdão ao Senhor, dizendo: "Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Leitor: A ONU afirma que 800 milhões de pessoas vivem na miséria.
Todos: "Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Leitor: A ONU diz que 100 milhões de pessoas vivem na rua, debaixo das pontes e árvores. Mas, se somarmos os que vivem em barracos, nas favelas..., chegamos a um bilhão!
Todos: Cordeiro de Deus...
Leitor: A ONU fala de 100 milhões de desocupados. Mas, se somarmos as pessoas que têm um trabalho precário ou provisório, passamos de 800 milhões.
Todos: Cordeiro de Deus...
Leitor: A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que nos países do terceiro mundo existem 450 milhões de excepcionais deficientes físicos.
Todos: Cordeiro de Deus...
A PALAVRA DE DEUS
CANTO:
LEITOR: LC 1, 46-56
PARA REFLETIR:
1. COMO SERIA A SOCIEDADE, DE ACORDO COM O CÁNTICO DE MARIA?
2. POR QUE NÓS, DE CERTA FORMA, TAMBÉM SOMOS RESPONSÁVEIS PELA MAL QUE HÁ NO MUNDO?
3. COMO, A EXEMPLO DE MARIA, PODEMOS SER PESSOAS MAIS SOLIDÁRIAS?
NOSSOS PEDIDOS
Animador: Maria nos indicou o caminho para construir um mundo mais justo, uma grande família como Deus quer. Dirijamo-lhe agora, e com muita confiança, a nossa oração. Ela, como mãe, sempre intercede por nós.
Leitor 1: Maria, mãe, irmã e amiga, que viveste intensamente a tua fé, partilhando a sorte de cada homem e mulher, ensina-nos a aceitar, dia após dia, o dom de Deus para vivermos e construirmos a história da salvação.
Todos: Ajuda-nos a sermos coerentes com nossa fé.
Leitor 2: Maria, tu que venceste o mal, ajuda-nos a fazer com que as nossas decepções, dúvidas, medos... não se transformem em sinais de morte, mas sejam desafios para um maior crescimento.
Todos: Ajuda-nos a sermos coerentes com nossa fé.
Leitor 3: Maria, ajuda-nos a ser como a "chuva que engravida a terra seca", transformando-nos em plantas de amor, solidariedade, justiça e fraternidade.
Todos: Ajuda-nos a sermos coerentes com nossa fé.
Outras invocações
Oração: (Rezar juntos a oração abaixo)
Canto
Oração à Mãe da Vida
Ó Maria, aurora do mundo novo,Mãe dos viventes, a vós confiamos a causa da vida.Olhai, Mãe, para o número sem fim de crianças impedidas de nascer;De pobres, para quem se torna difícil viver;De homens e mulheres vítimas da violência;De idosos e doentes assassinados pela indiferença ou por uma presumida compaixão. Fazei com que todos aqueles que crêem no vosso filho, saibam anunciar com coragem e esperança o Evangelho da Vida.Alcançai-lhes a graça de o acolher como um dom sempre novo, e a coragem para o testemunhar com laboriosa tenacidade.Com tua ajuda, e juntamente com todas as pessoas de boa vontade, construiremos a civilização do amor, para louvor e glória de Deus Criador e amante da vida.mém.
Mães órfãs
Olá, meus amigos e amigas artistas... Como foi a apresentação do teatro da Semana Santa “O silêncio quaresmal pede paz”? Literalmente um espetáculo, não foi?!
O teatro mímico ou sem fala, como queiram chamar, é uma oportunidade para se mostrar através da expressão corporal e dos recursos de áudio e luzes, uma realidade que por si só fala.
Mas vamos ao teatro deste mês, preparado para o Dia das Mães. Ah, lembrem-se, como membro da equipe Missão Jovem, estou disponível para ajudar-lhes a preparar cada teatro que apresentamos nesta página.
Todos os anos lembramos o Dia das Mães com muitas flores, beijos, sorrisos e, em algumas famílias, muitos presentes. Neste ano queremos ajudar a refletir sobre as mães esquecidas e sofredoras, objetivo da Campanha da Fraternidade 2003, e as mães que perderam ou estão perdendo seus filhos nas guerras e outras violências.
PREPARAÇÃO
No palco, rosas murchas espalhadas pelo chão e uma música instrumental que ajude a reflexão (veja a dica no final).
Após alguns instantes, entram dois personagens. A primeira, caracterizada como mãe de uns 30 anos vestindo roupas sujas de sangue. A outra, uma mãe idosa de bengala. Elas andam pelo palco procurando seus filhos. Gritam o nome deles, mas sem resposta. Após algum tempo, declamam para o público.
PRIMEIRA CENAMãe Idosa: (lenta e reflexiva) Já se foram muitos anos, mas ainda parece-me que estou ouvindo suas primeiras palavras: “ma-mãe”. Que alegria! Nascia em mim uma nova mulher. Uma mulher guerreira, apaixonada, mais carinhosa... Era meu primeiro filho dos seis que vim a ter nos 27 anos seguintes de minha vida... (ouve-se a voz de criança gritando: Mãe, vem me procurar!!!) ... eles estavam sempre juntos de mim, e eu os tinha (ela chora). Sentia-me uma rosa que segurava entre suas pétalas o pólen da vida, mas hoje... mas hoje (ela olha para os lados tentando procurá-los) não os tenho... foram com o vento do esquecimento... não os tenho mais... (entre soluços, sai procurando e chamando pelo nome de seus filhos).
VOZ: Largadas e esquecidas são elas... mães idosas, mães abandonadas. Corações tenros e amaciados pela alegria de possibilitar o nascimento da vida, hoje só lhes resta a amargura e a solidão materna. Mães esquecidas por filhos preocupados com o sucesso, com a ambição... Esquecidas... Apenas e somente: esquecidas!
Mãe sofrida: (em tom de indignação) Maldita guerra estéril que rouba nossos filhos cheios de vida e nos devolve corpos... sem vida. Suga o ar juvenil de nossos rebentos que cultivamos durante os anos em que eram desprotegidos, e agora os colocam diante do fogo que devora sem piedade... (ouve-se a voz de um adolescente: Mãe, dorme comigo, eu estou com muito medo!). Oh, violência infeliz! Oh, maldita droga! (choro de indignação). Sim, vocês arrancaram e destruíram nossos filhos queridos!
VOZ: A guerra, o narcotráfico, a violência, a ambição levam todos os dias milhares de filhos e filhas, deixando mães órfãs e sem mais sentido para viver. Basta! Até quando teremos que ver mães chorando a ausência de seus filhos? (com intensidade) Ao final da frase, as duas mães que estão no palco ficam “congeladas”.
SEGUNDA CENAEntra um casal de irmãos olhando juntos um álbum de fotos. Eles apontam as fotos, sorriem e fazem comentários.
Irmã: Olhe só essa aqui mano, a mãe se atirando no chão pra pegar algumas balas no aniversário do Henrique, parece uma criança...
Irmão: Isso porque nós tínhamos vergonha de pegar (a irmã perde o sorriso).
Irmão: Veja a festa dos 25 anos de casamento dela com nosso querido papai. Foi uma festa maravilhosa. Mas, observe bem, irmã, ao contrário do papai, a mamãe me parece tão triste...
Irmã: E não era por menos Carlos, naquele dia mamãe completava 5 anos de muitas saudades de nosso irmão Joaquim, falecido por causa das drogas...
Irmão: Pobrezinha, sempre deu toda sua vida, suas energias, seu amor por nós. Veja essa foto que o Joaquim bateu, ela estava dormindo no chão ao lado da minha cama. Passei dois dias doente e ela sempre ao meu lado.
Irmã: Agora tudo mudou: Nossa vida não é mais a mesma sem a mamãe.
Irmão: Ah, minha irmã, o asilo é uma faca que até hoje me corta o coração. Nossas preocupações egoístas permitiram que nossa idosa mãe passasse seus últimos dias só... sem... (ele abraça a irmã e ela o conforta).
Irmã: ... sem amor, Carlos... sem amor.Eles “congelam” abraçados. As duas mães voltam a procurar pelo palco seus filhos, chamando-os.
TERCEIRA CENAEntram 5 jovens, cada um com uma letra da palavra MAMAE. Ficam lado a lado formando a palavra e, na ordem, declamam um a um avançando um passo.
M: Mulher! Mãe é, acima de tudo, mulher, valente, sensível, doce e corajosa.
A: Amorosa! Ama incondicionalmente seus filhos e marido. Verdadeira expressão do amor de Deus.
M: Maravilhosa! A exemplo de Maria, as mães são um poço de maravilhas.
A: Afetuosa! Como ninguém, as mães são as companheiras mais desejáveis de qualquer criança.
E: Especial! As mães são especiais e a elas se voltam nossos olhares neste dia tão especial.
Após a última letra, as mães que estavam “congeladas” se dirigem até os jovens que formam a palavra MAMAE e reformulam as letras formando a palavra AMAME. Logo em seguida declamam.
Mãe sofrida: Ainda sou mãe. Sou idosa, mas sou mãe. Ganhei o diploma de Avó, mas ainda sinto vontade de pegar meus filhos no colo e protegê-los com todo o meu amor. O que mais quero é que não esqueçam de mim... AMAME, meu filho; AMAME, minha filha!
Mãe sofrida: Não permitamos que mais mães se tornem órfãs de filhos e vivam a lembrança das terríveis e estéreis guerras, violências, seqüestros, drogas... Tudo isso separa a árvore de seus frutos.Neste momento os jovens que estavam “congelados”, juntamente com os outros, se aproximam das duas mães e as abraçam oferecendo-lhes rosas vivas e bonitas. Enquanto isso os personagens e o público cantam uma canção conhecida ou tocam uma música relacionada ao momento.
DICAS:Podem ser usadas várias músicas de acordo com o momento, contudo indico para a abertura deste teatro a música Adágio, de T. Albinoni, que se encontra no CD gravado pelas Paulinas: “Momentos de Paz”, de Eduardo Assad. Para conhecê-la acesse nosso site:
www.missaojovem.com.br/teatro.htm
· As mães devem ser bem caracterizadas, disso depende também o êxito do teatro. Muita criatividade!
· Preparem um pequeno texto como oração ou mensagem e distribuam para as pessoas presentes para que todos possam rezar juntos no final da apresentação.
· Minha última dica é, ensaio, ensaio e mais ensaio. Não deixem de ensaiar e treinar bem as falas para que tudo flua como manda a arte cênica.

Até a próxima.

Etori C. de Amorim



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