sábado, maio 3

MAIO - MULHER - MÃE - MARIA




Maria, nossa Mãe, é a fonte da nossa alegria. Ninguém aprendeu tão bem como Maria a humildade. Ela era a serva. "Ser serva", significa ser utilizada com alegria para o bem das pessoas. A alegria era a força da Virgem Santíssima. Só a alegria lhe podia dar a força para se dirigir apressadamente para as colinas da Judéia para fazer urn trabalho de serva. Nossa Senhora caminhou pressurosa em direção à montanha e ali permaneceu três meses para fazer o trabalho de criada da sua prima. Assim também tem de ser conosco. Nós devemos possuir antes de dar. Quem tem a missão de distribuir, deve primeiro crescer no conhecimento de Deus e encher-se desse conhecimento e dessa alegria. Como Maria, também nós fazemos tantas coisas todos os dias: coisas pequenas, mas como Ela, com grande amor. Também Jesus quis ficar numa coisa pequena: o pão. Comendo-O a Ele nós estamos vivos. Se O reconhecemos quando se faz pão, O descobriremos também quando está nu, quando expulso e humilhado, quando Ele é alguém em necessidade (como Maria à sua prima Isabel). Ele está faminto não só de pão, mas de amor; está humilhado não só em Si mesmo, mas nos irmãos. Maria O amou sempre: em Belém e na cruz, no céu e nos sótãos, na igreja e nos hospitais, na famflia e nas oficinas... Ela ajuda-nos a fazer o mesmo, difundindo a alegria e a esperança, dando amor e ternura, com atos mais do que com palavras, com o coração aberto a todos. Penso, que Deus escolheu Maria, uma mulher, para manifestar melhor o Seu amor pelos homens; e Ela compreendeu isso muito bem, pois começou'logo a dar o que tinha acabado de receber. Por outras palavras, distribuiu a Eucaristia. De fato, logo depois da Anunciação do Anjo, Deus fez-se-homem n'Ela. E Ela, o que fez? Corre depressa a levá-Lo a Isabel e a João ainda escondido no seio de sua mãe. João reconhece Jesus e pula de alegria. Este é o nosso dom de mulheres: levar a alegria, a vida. E...depressa! Por isso, Maria, nas bodas de Caná disse a Jesus: "Não têm vinho!" Obtém para todos que se mude a água (suor e lágrimas) na alegria dos brindes, com o vinho melhor que há! Maria é a mulher corajosa que está intimamente unida ao Filho até ao fim: está ao Seu lado na Paixão e especialmente no Calvário. Assim é a verdadeira mulher.

(Da entrevista da revista vocacional "O Caminho" com a Madre Teresa de Calcutá)


Mãe de Cristo, Mãe da Igreja e Mãe dos homens"Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto de teu ventre"(Lc1,42)

Nossa limitada inteligência não chega a entender como uma criatura pode ser "Mãe do Criador". Maria também não entendeu plenamente o que significava aquela mensagem do Anjo, mesmo assim, respondeu prontamente: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra"(Lc1,38). Isto faz parte do mistério da Encarnação. E, diante dos mistérios de Deus, o que importa não é "entendermos" tudo, mas aceitarmos "esse tudo".

Como Maria, não existiu nem existirá outra mulher beneficiada de graças especiais e de privilégios que lhe foram concedidos por Deus, em vista de ser ela a escolhida para a Mãe do Salvador.

A singular posição da Bem-aventurada Virgem Maria na história da salvação e, por conseqüência, na história e na vida da igreja, foi trazida à luz pelo Concílio Vaticano II.Maria é o marco entre o Antigo e o Novo Testamento. Humilde filha do antigo Israel, Maria é a primogênita e a Mãe do novo Israel, tanto como é filha e Mãe de Deus. Filha primogênita da Igreja, Maria é o primeiro ramo enxertado em Cristo, primeiro membro de seu Corpo místico. Foi assim "redimida de modo tão sublime, em vista dos méritos de seu Filho"(LG53).Maria é Mãe da Igreja principalmente por ser predestinada desde a eternidade a ser Mãe daquele que devia dar a vida à própria Igreja. A salvação que Deus havia prometido desde as origens do gênero humano chegou aos homens através da humilde Virgem Maria e isto foi "quando o Filho de Deus assumiu dela a natureza humana para libertar pelos méritos de sua carne, o homem, do pecado"(LG55).

Assim, Maria, nascida antes dos remidos, torna-se Mãe dos próprios remidos, a Mãe do novo povo de Deus. Os antigos Padres com freqüência afirmam: "veio a morte por Eva e a vida por Maria" (LG56)A mãe do Salvador, é por isso, mãe dos remidos, não só pelo fato de ter gerado o Salvador para a vida temporal, mas porque está profundamente ligada à sua obra de salvação. "Ao conceber Cristo, gerá-lo, nutri-lo, apresentá-lo ao Pai no Templo, sofrer com o Filho ao morrer na Cruz, cooperou de modo inteiramente singular na obra do Salvador... Para restaurar a vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça (LG61).Assim continua nos explicando o Vaticano II, no Catecismo da Igreja Católica, que "a maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente, até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas por sua múltipla intercessão prossegue em granjear-nos os dons da salvação eterna.(...) Por isso a Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira" (LG 62).Por toda essa gama de virtudes reconhecemos, "Ó Maria, que verdadeiramente sois bendita entre as mulheres".
por Analu

Nenhum comentário: