terça-feira, maio 6

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos



Fazem parte do CONIC, como membros plenos, as Igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Cristã Reformada, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e a Católica Ortodoxa Siriana do Brasil.
O Santo Padre quando veio ao Brasil fez questão de se encotrar com alguns irmãos de outras religiões, não podemos nos fechar em nosso mundo e imaginar que somente nós estamos salvos, ou até que Deus não esta presente em outras religiões…
Esta semana que a Igreja do Brasil se dedica a oração pela unidade dos cristãos é para despertar em nós o interesse por este assunto e principalmente abrir a nossa mente, pois é preciso construir pontes e não muros…

Reflexão:

numa cidadezinha do interior haviam dois irmãos que eram vizinhos e estavam em pé de guerra, um deles tomou a frente e contratou um pedreiro para que construisse um muro bem alto, pois assim ele não teria contato nenhum com seu irmão…
Passado o tempo ele foi verificar como estava o andamento da obra e viu que ao invés de um muro aquele pedreiro tinha construido uma ponte. Começou a brigar com o pedreiro que tinha desobedecido a sua ordem porém ao apontar para a ponte viu que seu irmão estava vindo em sua direção, com toda sua família, na maior alegria…
Ele não resistiu e foi também ao encontro do seu irmão… depois voltou-se para o pedreiro para convidá-lo para o jantar de comemoração, afinal estava a muito tempo distante deste seu irmão… mas o pedreiro recusou o convite pois tinha muitas pontes para construir ainda!
Acredito que com esta “parábola” todos nós conseguimos entender não foi?


A Semana de oração pela unidade dos cristãos em 2008 marca os cem anos da inauguração da Oitava pela a unidade da Igreja. Esta nuance de terminologia (de “oitava” para “semana”) indica que a oração para a unidade dos cristãos evoluiu ao longo deste século de vida.Há cem anos, Paul Wattson - padre anglicano e co-fundador da Fraternidade Franciscana da Reconciliação (Society of the Atonement) em Graymoor (Garrisson, Estado de Nova Iorque), inaugurava uma Oitava de oração para a unidade dos cristãos, celebrada pela primeira vez de 18 a 25 de Janeiro de 1908.Em 1968, exactamente sessenta anos mais tarde, as Igrejas e paróquias do mundo inteiro recebiam, pela primeira vez, textos para a Semana de oração pela unidade dos cristãos, preparados conjuntamente pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial das Igrejas e pelo Secretariado para a promoção da unidade dos cristãos (Igreja Católica).Hoje, a colaboração entre as Igrejas, as paróquias e as comunidades anglicanas, católicas, ortodoxas, e protestantes na preparação e celebração da Semana de oração pela unidade é uma prática familiar, o que é a prova tangível da eficácia da oração pela unidade.


Os antecedentes da Semana de oração

Se estes dois aniversários nos permitem retraçar a história da Semana de oração, é bem evidente que a oração pela unidade não é uma invenção do século passado. O próprio Jesus elevou esta oração ao Pai : «Que todos sejam um ». Desde então, os cristãos não cessam de orar de múltiplas maneiras para que a unidade se realize.

Apesar das divisões, os cristãos de todas as tradições oraram em união com Cristo para a unidade de todos os seus discípulos. A antiga liturgia quotidiana das Igrejas ortodoxas, por exemplo, convida os fiéis a orarem pela paz e pela unidade de todos. Outras proposições precederam a Semana de oração para a unidade dos cristãos nos meados do século XIX.

A importância e a necessidade de oração – e em particular da oração pela unidade dos cristãos divididos, são ressaltadas por numerosos movimentos e grupos eclesiásticos de diversas confissões (por exemplo: Movimento de Oxford, Aliança Evangélica e várias iniciativas femininas para a oração).Na sua Carta encíclica de 1902, endereçada a todas as Igrejas locais ortodoxas, o Patriarca ecuménico Joaquim III sublinhava que a unidade de todos os cristãos deve ser «objecto de oração e súplicas incessantes».
Paul Wattson e Paul Couturier

Quando o Pe. Paul Wattson concebeu e colocou em prática a “Oitava de Oração” – considerada o início da Semana de oração pela unidade dos cristãos como a celebramos hoje – a unidade significava de fato, para ele, o regresso das diferentes Igrejas ao seio da Igreja Católica Romana. Isto influenciou a sua escolha das datas para a Oitava: esta começaria em 18 de Janeiro, que no calendário católico era o período da Festa da Cátedra de Pedro, e concluiria a 25 de Janeiro, Festa da conversão de Paulo.Após a entrada da Fraternidade Franciscana da Reconciliação (Society of the Atonement) na Igreja Católica, em 1909, o Papa Pio X abençoou oficialmente a Oitava para a unidade.Em meados de 1930, o padre Paul Couturier, em Lyon (França), dá novo objectivo à Oitava para a unidade da Igreja. Nesta época, a celebração da oitava tinha começado a repercutir-se em toda a Igreja Católica e num pequeno número de comunidades anglicanas favoráveis à uma reunião com o bispo de Roma. Todavia, por razões teológicas, esta aproximação foi rejeitada por um grande número de cristãos que não pertenciam à Igreja Católica.

Assim sendo, o Padre Couturier mantém a data de 18 a 25 de janeiro, mas modifica a terminologia : o objectivo da “Semana universal de oração pela unidade dos cristãos” que ele pretendia promover, era a unidade da Igreja “tal como Cristo a deseja”.
Fé e Constituição
Uma outra corrente de iniciativas de oração pela unidade dos cristãos está igualmente à origem da Semana de oração. Em 1915, um Manual de oração para a unidade dos cristãos foi publicado pela Comissão da Igreja Episcopal nos EUA, participante da Conferência mundial sobre Fé e Constituição. Na breve introdução desta obra, os autores sublinham a esperança de que cada uma das diversas comunhões eclesiais ore pela unidade, embora não necessariamente num mesmo lugar. Do mesmo modo, não esperamos que «as Igrejas de forte tradição litúrgica tais como a Igreja Católica e a Santa Igreja oriental ortodoxa» utilizem este material, mas que elas busquem nos seus vastos recursos e na sua rica herança orações adequadas à unidade dos cristãos.

A partir de 1921, o Comité Permanente para a Conferência mundial sobre Fé e Constituição publica um material para uma Oitava de oração pela unidade dos cristãos e sugere que ela se realize durante os oito dias que precedem Pentecostes. Em 1941, a Comissão Fé e Constituição muda as datas do mês de Janeiro, de maneira que elas coincidam com a iniciativa católica e que estas duas correntes – originárias do Conselho Mundial de Igrejas e da Igreja Católica – convidem os cristãos a orar no mesmo período.

A partir de 1958, a preparação do material proposto por Fé e Constituição foi feita em grande parte em coordenação com as dos textos elaborados pelo Centro ecuménico Unidade Cristã (católico) de Lyon; e a partir de 1960, a Comissão Fé e Constituição e a Igreja Católica começaram a reflectir juntas, de forma aprofundada, visando a elaboração destes textos, embora discretamente.
Rumo à celebração em comum da Semana pela Unidade
No dia 25 de Janeiro de 1959, dia da conclusão da oitava de oração pela unidade dos cristãos, o Papa João XXIII convoca o Concílio Vaticano II o qual deveria fazer entrar, de maneira decisiva, a Igreja Católica no movimento ecuménico. O Concílio permitia também a colaboração oficial entre o Secretariado Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas e o Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos, do Vaticano (hoje Conselho Pontifício). Após a consulta mista organizada por estes dois organismos em 1966 sobre a Semana de oração pela unidade dos cristãos, foi criado um grupo misto de preparação de textos para esta Semana.Em 1968, o primeiro resultado dos esforços desse grupo estava pronto para ser utilizado. Todos os anos, desde 1973, um grupo ecuménico diferente – originário de diversas regiões do mundo – é convidado a preparar um primeiro projeto de textos para a Semana de oração, que em seguida o grupo preparatório misto internacional é encarregado de rever.

Esta “viagem” em torno do globo enfatiza de certa forma o carácter verdadeiramente ecuménico da Semana de oração. Esta longa história da preparação e da celebração em comum da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos conduziu, em 2004, à co-edição do material entre a Comissão Fé e Constituição (CEC) e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (CPPUC).
Fonte: CCPUC/CEC

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