É triste quando se percebe que um jovem ou adolescente, age por impulso ou por influência. É triste olhar para a sociedade e ver que ela está marcada pelo hedonismo, pelo ceticismo ou ainda pelo desamor, provocado pelo individualismo exacerbado. A televisão produz e distribui informações e entretenimento em longa escala, influenciando diretamente no modo de agir e pensar das pessoas nas suas diversas esferas.
Com tamanha influência, pode-se afirmar que desta forma, a televisão, detendo dos meios de produção e difusão de informação, detém o poder, pois a transmissão de idéias e valores se coadunam com seus interesses particulares. E neste jogo de interesses, o importante não é formar consciência crítica daquilo que é transmitido pela TV, mas provocar desejos e inquietações acerca daquilo que é novo, sofisticado ou “lindo” no contexto sócio-econômico-cultural vigente.Ao exibir traição, sexo, rebeldia, pornografia, moda, e outros mecanismos que roubam à atenção do indivíduo, a mídia faz com que o telespectador dependa exclusivamente daquilo que seja do interesse dela e a ela traga progresso. Assim sendo, fortalece a dependência do não agir e do não pensar nos problemas da sociedade. Falo isso não dos telejornais em si, mas, principalmente, das novelas e outros programas que não dignificam o ser humano. Não quero parecer pragmático, nem tampouco irredutível, insensível, ou fundamentalista, muito menos radical, mas revelar minha preocupação em relação ao nosso mundo assaltado pela mídia enganadora e sedutora.É, portanto, perigoso o modo de proceder de quem faz da televisão um meio abusivo, pois para um jovem, por exemplo, sem tradição de defesa de seus interesses e objetivos, não haverá desenvolvimento cultural e político-crítico, exatamente, porque as grandes ofertas de idéias prontas ajudam somente a tomada de decisões já decididas pelos programas exibidos na TV.Desta maneira é fácil perceber que poder da televisão passou dos extremos. Ou seja, a influência direta deste meio de comunicação de massa, não estimula a reflexão crítica nem respeita ou tenta preservar valores e costumes do telespectador, onde em sua maioria, cada vez mais escuta e vê e nada fala, ou seja, vivemos numa sociedade de receptores, onde não há reciprocidade de idéias.
Seminarista Sebastião Gustavo Siqueira de Andrade
material interessante: br.geocities.com/edu_midia/edu_midia.html
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