segunda-feira, junho 15

"Quem é este homem?" - Mc 4,35-41


Evangelho


Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: "Vamos para a outra margem!" Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele.

Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: "Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?"Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O vento cessou e houve uma grande calmaria.Então Jesus perguntou aos discípulos: "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?

- Palavra da Salvação

Reflexão do Evangelho


Voltando às celebrações dominicais do tempo comum, também retomamos a caminhada pelo evangelho de Marcos. O trecho de hoje está situado na primeira parte do evangelho, onde Marcos procura demonstrar que as autoridades religiosas da época, os próprios parentes de Jesus e os discípulos dele não o compreenderam, apesar de verem as suas obras e milagres (1,19-8,26). Toda esta primeira parte do Evangelho prepara o chão para a pergunta fundamental do evangelho: "E vocês, quem dizem que eu sou?" Por isso a história hoje relatada leva os discípulos a se perguntarem: "Quem é este homem?".
A história do evento no mar de Galiléia retrata simbolicamente a situação da comunidade marcana, pelo ano 70, quando o evangelho foi escrito. A comunidade está vacilando na sua fé, assolada por dúvidas e até perseguições. Diante do cansaço da caminhada, muitos se refugiaram na busca duma religião de milagres, sem o esforço de seguir Jesus até a Cruz. Por isso Marcos insiste que os milagres não são suficientes para conhecer Jesus, pois as autoridades, as familiares e os discípulos os tinham e não chegaram a entender nem a pessoa nem a proposta de Jesus.
O barco no lago, assolado pelos ventos e ondas, representa a comunidade dos discípulos, prestes a afundar-se por causa das dificuldades da caminhada. Jesus dorme no barco e parece não se preocupar com o perigo. Assim, para a comunidade marcana, parecia que Jesus não estava ligado aos seus sofrimentos e, como conseqüência, vacilavam na sua fé. Mas Jesus acalmou o mar e ainda questionava a pouca fé dos Doze: "por que vocês são tão medrosos? Você ainda não tem fé?" (v.3). Assim Marcos quis mostrar aos leitores do seu tempo que Jesus estava com eles nas dificuldades e que a sua falta de fé estava causando grande parte das dificuldades que estavam enfrentando.
Hoje, em muitos lugares, a Igreja parece como a igreja marcana, ou ainda como o barco no mar. Diante das desistências, do secularismo, da diminuição da sua influência, para muitos a Igreja esta se afundando. Em lugar de assumir o doloroso seguimento de Cristo até a Cruz, muitos se refugiam numa religiosidade de milagres, assim fugindo da penosa tarefa de construir o Reino de Deus entre nós. Marcos vem corrigir esta ideologia triunfalista e nos convida a aprofundar a nossa fé, a clarear para nós mesmos e para o mundo "quem é este homem?", e a segui-lo no dia a dia. Pois Jesus não está alheio às nossas dificuldades! Pelo contrário, ele está no meio de nós. Só que não nos livra da tarefa de nos engajarmos na luta pelo Reino, mesmo que as ondas e os ventos estejam contrários. Ter fé nele não é somente acreditar que ele exista e seja Filho de Deus, mas tomar a nossa cruz e segui-lo, na certeza que ele não nos abandonará! Ressoa para nós hoje a pergunta de dois mil anos atrás: "Porque são tão medrosos? Ainda não têm fé?".

segunda-feira, junho 8

XI Domingo do Tempo Comum


Neste domingo, o evangelista Marcos dá inicio às comparações do Reino de Deus. Mostra-nos o sentido das reflexões, nas quais fomos orientados pelo Ressuscitado nos cinquenta dias que antecederam o Pentecostes. No domingo anterior, no qual comemoramos a Santíssima trintade, recebemos a missão de "ir e evangelizar" e de batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Hoje, somos convidades a semear a Palavra em prol do Reino de Deus.


Domingo 14/06/2009: XI Domingo do Tempo Comum

Cor Litúrgica: Verde

1ª Leitura: Ezequiel 17, 22-24

Salmo: 91/92

2ª Leitura: 2 Corintios 5, 6-10

Evangelho: Marcos 4, 26-34


EVANGELHO: Jesus fala em parábolasJesus disse: - O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece.É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.

Jesus continuou:

- Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso? Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.

Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.


Reflexão: Ação de Deus na História

Estas duas parábolas, introduzidas por "Jesus dizia-lhes...", encerram o breve discurso de Jesus. Com imagens tiradas do mundo rural, destaca-se a ação da "semeadura", ou seja, o anúncio da Palavra.

A primeira parábola, exclusiva de Marcos, evidencia que o crescimento do Reino resulta da ação de Deus. Embora o agricultor tenha empenho e cuidados em semear, irrigar e remover ervas daninhas, é admirável o germinar da semente, de maneira autônoma, o seu crescer e os frutos produzidos. O desabrochar da vida é obra de Deus.

Assim, é Deus quem, na intimidade de cada um, move à conversão ao amor os corações que recebem a Palavra semeada pelos discípulos.

A tradição de Israel expressa pelo profeta Ezequiel (primeira leitura) colocava sua esperança em atingir, sobre o monte Sião, a estatura grandiosa dos majestosos cedros do Líbano.

Contudo, Jesus descarta esta imagem, substituindo-a pela hortaliça mostarda, que, sem grandiosidade, se multiplica às margens do Mar da Galiléia. Assim também é admirável, na segunda parábola, como algo tão pequeno como a semente de uma mostarda se transforme em um arbusto, podendo atingir até três metros de altura, com capacidade para abrigar os pássaros do céu na sombra de galhos.

Com imagens tão simples e belas da natureza, compreende-se que Deus comunica sua vida a todos, sem discriminações, não havendo ninguém que possa impedi-lo. Ainda mais, o que parece insignificante hoje está a caminho de sua plena realização.

Aos discípulos é esclarecido o sentido das parábolas. "Discípulos" são aqueles, dentre a multidão, que abrem seu coração às palavras de Jesus e se aproximam dele, formando comunidade. Comunidade não hermética, de iluminados, mas aberta, de corações acolhedores, solidários e compassivos.


A segunda leitura, da Segunda Carta aos Coríntios, atribuída a Paulo apóstolo, ainda traz as marcas de uma visão dualista na qual o corpo é descartável, com a condenação de uns e salvação de outros.


Oração:

Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

domingo, maio 31

SANTÍSSIMA TRINDADE


A Festa que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.


Leitura do Livro do DeuteronómioDeut 4, 32-34.39-40, Jahwéh revela-se como o Deus da relação, empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens, que intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos Rom 8, 14-17 confirma a mensagem da primeira: o Deus em quem acreditamos não é um Deus distante e inacessível, que se demitiu do seu papel de Criador e que assiste com indiferença e impassibilidade aos dramas dos homens; mas é um Deus que acompanha com paixão a caminhada da humanidade e que não desiste de oferecer aos homens a vida plena e definitiva.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Mt 28, 16-20, Jesus dá a entender que ser seu discípulo é aceitar o convite para se vincular com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os discípulos de Jesus recebem a missão de testemunhar a sua proposta de vida no meio do mundo e são enviados a apresentar, a todos os homens e mulheres, sem excepção, o convite de Deus para integrar a comunidade trinitária. (in Dehonianos)Imagem acima de: sdpl de viseu


LEITURA I Deut 4, 32-34.39-40
«O Senhor é Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra,e não existe mais nenhum»Leitura do Livro do DeuteronómioMoisés falou ao povo, dizendo:«Interroga os tempos antigos que te precederam,desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra.Dum extremo ao outro dos céus,sucedeu alguma vez coisa tão prodigiosa?

Ouviu-se porventura palavra semelhante?

Que povo escutou como tu a voz de Deusa falar do meio do fogoe continuou a viver?

Qual foi o deus que formou para siuma nação no seio de outra nação, por meio de provas, sinais, prodígios e combates,com mão forte e braço estendido, juntamente com tremendas maravilhas,como fez por vós o Senhor vosso Deus no Egipto,diante dos vossos olhos?

Considera hoje e medita em teu coraçãoque o Senhor é o único Deus,no alto dos céus e cá em baixo na terra,e não há outro.

Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos,que hoje te prescrevo,para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti,e tenhas longa vidana terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 32, 4-5.6.9.18.19.20.22

Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.


A palavra do Senhor é recta,da fidelidade nascem as suas obras.Ele ama a justiça e a rectidão:a terra está cheia da bondade do Senhor.A palavra do Senhor criou os céus,o sopro da sua boca os adornou.

Ele disse e tudo foi feito,

Ele mandou e tudo foi criado.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,

para os que esperam na sua bondade,para libertar da morte as suas almase os alimentar no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor:

Ele é o nosso amparo e protector.

Venha sobre nós a vossa bondade,porque em Vós esperamos, Senhor.


LEITURA II Rom 8, 14-17
«Recebestes o Espírito de adopção filial.pelo qual exclamamos: ‘Abba, Pai’»Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos RomanosIrmãos:Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deussão filhos de Deus.

Vós não recebestes um espírito de escravidãopara recair no temor,mas o Espírito de adopção filial,pelo qual exclamamos: «Abba, Pai».

O próprio Espírito dá testemunho,em união com o nosso espírito,de que somos filhos de Deus.

Se somos filhos, também somos herdeiros,herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo;se sofrermos com Ele,também com Ele seremos glorificados.

Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Ap 1, 8Refrão: Aleluia. Repete-se


Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,ao Deus que é, que era e que há-de vir. Refrão


EVANGELHO Mt 28, 16-20«Baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo,os onze discípulos partiram para a Galileia,em direcção ao monte que Jesus lhes indicara

Quando O viram, adoraram-n’O;mas alguns ainda duvidaram
Jesus aproximou-Se e disse-lhes:«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.Ide e fazei discípulos de todas as nações,baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei.Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Palavra da salvação.

segunda-feira, maio 25

Pentecostes


Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia". No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo? O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.



Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão. A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16). No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas. Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos. Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão. Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente. O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

terça-feira, maio 19

LITURGIA DA PALAVRA (Missa do próximo domingo dia 24 MAIO 2009)


A ascensão de Cristo à glória eterna


Acolhamos o seu pedido de anunciarmos o Evangelho a toda criatura. É por isso que a Igreja celebra hoje a Jornada Mundial das Comunicações Sociais, na esperança de que os meios de comunicação formem as consciências para a cidadania, o respeito e o bem comum. Além disso, os meios de comunicação cristãos devem anunciar a boa-notícia do Reino de Deus.

Celebremos, pois, esta Eucaristia, fazendo memória da ascensão de Jesus e nos preparemos para a festa de Pentecostes, no próximo domingo. Iniciamos também a Semana de Oração pelos Cristãos, com o tema «para que estejam unidos em tua mão» (cf. Ez 37,17).


EVANGELHO (Mc 16,15-20)


Hoje é um dia muito importante para os cristãos, pois festejamos a Ascensão de Jesus ao céu. No evangelho de hoje, Marcos nos diz que Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus.

Essa expressão vem dos costumes das cortes reais. Jesus tem seu lugar de honra, junto ao Pai. Sentar-se ao lado do rei é um privilégio de seus filhos e parentes próximos. O lado direito é reservado ao sucessor imediato do soberano.

Jesus subiu ao céu e confiou aos seus discípulos a missão de pregar o evangelho a todo mundo. Confirmou também que em seu nome, eles fariam milagres e, acima de tudo, Jesus prometeu que eles estariam protegidos dos animais ferozes e preservados dos ataques e ciladas dos inimigos.

Quem são em nossos dias esses animais ferozes?

Onde encontrá-los? São encontrados com muita facilidade. Em cada esquina tem um. São aqueles que não querem que a verdadeira Palavra de Deus seja conhecida e amada. São aqueles que arrastam nossos filhos para os vícios e prostituição. Mas. Jesus prometeu que estará sempre por perto nos auxiliando nessa batalha.

É preciso acreditar, pois quem acreditar e for batizado já está salvo. No entanto, acreditar não se resume apenas em aceitar, como sendo verdadeira, a Palavra de Deus, é preciso viver sua Palavra através de ações e gestos concretos.

Pelo batismo nos tornamos missionários. Cabe a cada um de nós levar adiante a missão de Jesus. Nós somos os apóstolos de hoje, somos os portadores da mensagem de libertação para toda a humanidade.

O discípulo de Jesus não pode ficar apenas olhando para o céu chateado e chorando a ausência do Mestre que se foi. É preciso olhar ao redor. Jesus não se foi, Ele está aqui, bem próximo de nós.

Na verdade, Jesus mal tirou seus pés do chão e está bem mais baixo do que imaginamos.

Da maneira humana como enxergamos as coisas, olhamos para as nuvens e imaginamos que o céu é um local bem acima delas. Por isso, convencionamos que subir ao céu é ir para um local distante, muito alto, inacessível.

Para o cristão, subir pode ser interpretado como subir o morro... escalar as encostas escorregadias, caminhar por vielas tortuosas e visitar o favelado. Significa aproximar-se de um mundo de crianças sem roupa nem comida, um mundo de idosos sem saúde nem remédios.O Mestre quer ver-nos subindo todos os andares de hospitais e asilos. Quer ver-nos levando alento e conforto aos que sofrem. Levando uma palavra de fé, de amor e de otimismo aos excluídos e marginalizados. Com os pés no chão vamos todos à luta! Só assim receberemos o passaporte para subirmos ao céu.

Para o alto devemos dirigir somente nossas orações. O olhar e a atenção devem estar voltados para a terra e para a história. Não podemos esquecer que Jesus está próximo e exige nossa presença neste mundo tão carente de dignidade, justiça e paz.

FONTE: www.miliciadaimaculada.org.br