segunda-feira, junho 15

"Quem é este homem?" - Mc 4,35-41


Evangelho


Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: "Vamos para a outra margem!" Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele.

Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: "Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?"Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: "Silêncio! Cala-te!" O vento cessou e houve uma grande calmaria.Então Jesus perguntou aos discípulos: "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?" Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: "Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?

- Palavra da Salvação

Reflexão do Evangelho


Voltando às celebrações dominicais do tempo comum, também retomamos a caminhada pelo evangelho de Marcos. O trecho de hoje está situado na primeira parte do evangelho, onde Marcos procura demonstrar que as autoridades religiosas da época, os próprios parentes de Jesus e os discípulos dele não o compreenderam, apesar de verem as suas obras e milagres (1,19-8,26). Toda esta primeira parte do Evangelho prepara o chão para a pergunta fundamental do evangelho: "E vocês, quem dizem que eu sou?" Por isso a história hoje relatada leva os discípulos a se perguntarem: "Quem é este homem?".
A história do evento no mar de Galiléia retrata simbolicamente a situação da comunidade marcana, pelo ano 70, quando o evangelho foi escrito. A comunidade está vacilando na sua fé, assolada por dúvidas e até perseguições. Diante do cansaço da caminhada, muitos se refugiaram na busca duma religião de milagres, sem o esforço de seguir Jesus até a Cruz. Por isso Marcos insiste que os milagres não são suficientes para conhecer Jesus, pois as autoridades, as familiares e os discípulos os tinham e não chegaram a entender nem a pessoa nem a proposta de Jesus.
O barco no lago, assolado pelos ventos e ondas, representa a comunidade dos discípulos, prestes a afundar-se por causa das dificuldades da caminhada. Jesus dorme no barco e parece não se preocupar com o perigo. Assim, para a comunidade marcana, parecia que Jesus não estava ligado aos seus sofrimentos e, como conseqüência, vacilavam na sua fé. Mas Jesus acalmou o mar e ainda questionava a pouca fé dos Doze: "por que vocês são tão medrosos? Você ainda não tem fé?" (v.3). Assim Marcos quis mostrar aos leitores do seu tempo que Jesus estava com eles nas dificuldades e que a sua falta de fé estava causando grande parte das dificuldades que estavam enfrentando.
Hoje, em muitos lugares, a Igreja parece como a igreja marcana, ou ainda como o barco no mar. Diante das desistências, do secularismo, da diminuição da sua influência, para muitos a Igreja esta se afundando. Em lugar de assumir o doloroso seguimento de Cristo até a Cruz, muitos se refugiam numa religiosidade de milagres, assim fugindo da penosa tarefa de construir o Reino de Deus entre nós. Marcos vem corrigir esta ideologia triunfalista e nos convida a aprofundar a nossa fé, a clarear para nós mesmos e para o mundo "quem é este homem?", e a segui-lo no dia a dia. Pois Jesus não está alheio às nossas dificuldades! Pelo contrário, ele está no meio de nós. Só que não nos livra da tarefa de nos engajarmos na luta pelo Reino, mesmo que as ondas e os ventos estejam contrários. Ter fé nele não é somente acreditar que ele exista e seja Filho de Deus, mas tomar a nossa cruz e segui-lo, na certeza que ele não nos abandonará! Ressoa para nós hoje a pergunta de dois mil anos atrás: "Porque são tão medrosos? Ainda não têm fé?".

segunda-feira, junho 8

XI Domingo do Tempo Comum


Neste domingo, o evangelista Marcos dá inicio às comparações do Reino de Deus. Mostra-nos o sentido das reflexões, nas quais fomos orientados pelo Ressuscitado nos cinquenta dias que antecederam o Pentecostes. No domingo anterior, no qual comemoramos a Santíssima trintade, recebemos a missão de "ir e evangelizar" e de batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Hoje, somos convidades a semear a Palavra em prol do Reino de Deus.


Domingo 14/06/2009: XI Domingo do Tempo Comum

Cor Litúrgica: Verde

1ª Leitura: Ezequiel 17, 22-24

Salmo: 91/92

2ª Leitura: 2 Corintios 5, 6-10

Evangelho: Marcos 4, 26-34


EVANGELHO: Jesus fala em parábolasJesus disse: - O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece.É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.

Jesus continuou:

- Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso? Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.

Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.


Reflexão: Ação de Deus na História

Estas duas parábolas, introduzidas por "Jesus dizia-lhes...", encerram o breve discurso de Jesus. Com imagens tiradas do mundo rural, destaca-se a ação da "semeadura", ou seja, o anúncio da Palavra.

A primeira parábola, exclusiva de Marcos, evidencia que o crescimento do Reino resulta da ação de Deus. Embora o agricultor tenha empenho e cuidados em semear, irrigar e remover ervas daninhas, é admirável o germinar da semente, de maneira autônoma, o seu crescer e os frutos produzidos. O desabrochar da vida é obra de Deus.

Assim, é Deus quem, na intimidade de cada um, move à conversão ao amor os corações que recebem a Palavra semeada pelos discípulos.

A tradição de Israel expressa pelo profeta Ezequiel (primeira leitura) colocava sua esperança em atingir, sobre o monte Sião, a estatura grandiosa dos majestosos cedros do Líbano.

Contudo, Jesus descarta esta imagem, substituindo-a pela hortaliça mostarda, que, sem grandiosidade, se multiplica às margens do Mar da Galiléia. Assim também é admirável, na segunda parábola, como algo tão pequeno como a semente de uma mostarda se transforme em um arbusto, podendo atingir até três metros de altura, com capacidade para abrigar os pássaros do céu na sombra de galhos.

Com imagens tão simples e belas da natureza, compreende-se que Deus comunica sua vida a todos, sem discriminações, não havendo ninguém que possa impedi-lo. Ainda mais, o que parece insignificante hoje está a caminho de sua plena realização.

Aos discípulos é esclarecido o sentido das parábolas. "Discípulos" são aqueles, dentre a multidão, que abrem seu coração às palavras de Jesus e se aproximam dele, formando comunidade. Comunidade não hermética, de iluminados, mas aberta, de corações acolhedores, solidários e compassivos.


A segunda leitura, da Segunda Carta aos Coríntios, atribuída a Paulo apóstolo, ainda traz as marcas de uma visão dualista na qual o corpo é descartável, com a condenação de uns e salvação de outros.


Oração:

Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

domingo, maio 31

SANTÍSSIMA TRINDADE


A Festa que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.


Leitura do Livro do DeuteronómioDeut 4, 32-34.39-40, Jahwéh revela-se como o Deus da relação, empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens, que intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira.


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos Rom 8, 14-17 confirma a mensagem da primeira: o Deus em quem acreditamos não é um Deus distante e inacessível, que se demitiu do seu papel de Criador e que assiste com indiferença e impassibilidade aos dramas dos homens; mas é um Deus que acompanha com paixão a caminhada da humanidade e que não desiste de oferecer aos homens a vida plena e definitiva.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Mt 28, 16-20, Jesus dá a entender que ser seu discípulo é aceitar o convite para se vincular com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os discípulos de Jesus recebem a missão de testemunhar a sua proposta de vida no meio do mundo e são enviados a apresentar, a todos os homens e mulheres, sem excepção, o convite de Deus para integrar a comunidade trinitária. (in Dehonianos)Imagem acima de: sdpl de viseu


LEITURA I Deut 4, 32-34.39-40
«O Senhor é Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra,e não existe mais nenhum»Leitura do Livro do DeuteronómioMoisés falou ao povo, dizendo:«Interroga os tempos antigos que te precederam,desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra.Dum extremo ao outro dos céus,sucedeu alguma vez coisa tão prodigiosa?

Ouviu-se porventura palavra semelhante?

Que povo escutou como tu a voz de Deusa falar do meio do fogoe continuou a viver?

Qual foi o deus que formou para siuma nação no seio de outra nação, por meio de provas, sinais, prodígios e combates,com mão forte e braço estendido, juntamente com tremendas maravilhas,como fez por vós o Senhor vosso Deus no Egipto,diante dos vossos olhos?

Considera hoje e medita em teu coraçãoque o Senhor é o único Deus,no alto dos céus e cá em baixo na terra,e não há outro.

Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos,que hoje te prescrevo,para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti,e tenhas longa vidana terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 32, 4-5.6.9.18.19.20.22

Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.


A palavra do Senhor é recta,da fidelidade nascem as suas obras.Ele ama a justiça e a rectidão:a terra está cheia da bondade do Senhor.A palavra do Senhor criou os céus,o sopro da sua boca os adornou.

Ele disse e tudo foi feito,

Ele mandou e tudo foi criado.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,

para os que esperam na sua bondade,para libertar da morte as suas almase os alimentar no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor:

Ele é o nosso amparo e protector.

Venha sobre nós a vossa bondade,porque em Vós esperamos, Senhor.


LEITURA II Rom 8, 14-17
«Recebestes o Espírito de adopção filial.pelo qual exclamamos: ‘Abba, Pai’»Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos RomanosIrmãos:Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deussão filhos de Deus.

Vós não recebestes um espírito de escravidãopara recair no temor,mas o Espírito de adopção filial,pelo qual exclamamos: «Abba, Pai».

O próprio Espírito dá testemunho,em união com o nosso espírito,de que somos filhos de Deus.

Se somos filhos, também somos herdeiros,herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo;se sofrermos com Ele,também com Ele seremos glorificados.

Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Ap 1, 8Refrão: Aleluia. Repete-se


Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,ao Deus que é, que era e que há-de vir. Refrão


EVANGELHO Mt 28, 16-20«Baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São MateusNaquele tempo,os onze discípulos partiram para a Galileia,em direcção ao monte que Jesus lhes indicara

Quando O viram, adoraram-n’O;mas alguns ainda duvidaram
Jesus aproximou-Se e disse-lhes:«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.Ide e fazei discípulos de todas as nações,baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei.Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Palavra da salvação.

segunda-feira, maio 25

Pentecostes


Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia". No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo? O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.



Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão. A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16). No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas. Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos. Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão. Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente. O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

terça-feira, maio 19

LITURGIA DA PALAVRA (Missa do próximo domingo dia 24 MAIO 2009)


A ascensão de Cristo à glória eterna


Acolhamos o seu pedido de anunciarmos o Evangelho a toda criatura. É por isso que a Igreja celebra hoje a Jornada Mundial das Comunicações Sociais, na esperança de que os meios de comunicação formem as consciências para a cidadania, o respeito e o bem comum. Além disso, os meios de comunicação cristãos devem anunciar a boa-notícia do Reino de Deus.

Celebremos, pois, esta Eucaristia, fazendo memória da ascensão de Jesus e nos preparemos para a festa de Pentecostes, no próximo domingo. Iniciamos também a Semana de Oração pelos Cristãos, com o tema «para que estejam unidos em tua mão» (cf. Ez 37,17).


EVANGELHO (Mc 16,15-20)


Hoje é um dia muito importante para os cristãos, pois festejamos a Ascensão de Jesus ao céu. No evangelho de hoje, Marcos nos diz que Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus.

Essa expressão vem dos costumes das cortes reais. Jesus tem seu lugar de honra, junto ao Pai. Sentar-se ao lado do rei é um privilégio de seus filhos e parentes próximos. O lado direito é reservado ao sucessor imediato do soberano.

Jesus subiu ao céu e confiou aos seus discípulos a missão de pregar o evangelho a todo mundo. Confirmou também que em seu nome, eles fariam milagres e, acima de tudo, Jesus prometeu que eles estariam protegidos dos animais ferozes e preservados dos ataques e ciladas dos inimigos.

Quem são em nossos dias esses animais ferozes?

Onde encontrá-los? São encontrados com muita facilidade. Em cada esquina tem um. São aqueles que não querem que a verdadeira Palavra de Deus seja conhecida e amada. São aqueles que arrastam nossos filhos para os vícios e prostituição. Mas. Jesus prometeu que estará sempre por perto nos auxiliando nessa batalha.

É preciso acreditar, pois quem acreditar e for batizado já está salvo. No entanto, acreditar não se resume apenas em aceitar, como sendo verdadeira, a Palavra de Deus, é preciso viver sua Palavra através de ações e gestos concretos.

Pelo batismo nos tornamos missionários. Cabe a cada um de nós levar adiante a missão de Jesus. Nós somos os apóstolos de hoje, somos os portadores da mensagem de libertação para toda a humanidade.

O discípulo de Jesus não pode ficar apenas olhando para o céu chateado e chorando a ausência do Mestre que se foi. É preciso olhar ao redor. Jesus não se foi, Ele está aqui, bem próximo de nós.

Na verdade, Jesus mal tirou seus pés do chão e está bem mais baixo do que imaginamos.

Da maneira humana como enxergamos as coisas, olhamos para as nuvens e imaginamos que o céu é um local bem acima delas. Por isso, convencionamos que subir ao céu é ir para um local distante, muito alto, inacessível.

Para o cristão, subir pode ser interpretado como subir o morro... escalar as encostas escorregadias, caminhar por vielas tortuosas e visitar o favelado. Significa aproximar-se de um mundo de crianças sem roupa nem comida, um mundo de idosos sem saúde nem remédios.O Mestre quer ver-nos subindo todos os andares de hospitais e asilos. Quer ver-nos levando alento e conforto aos que sofrem. Levando uma palavra de fé, de amor e de otimismo aos excluídos e marginalizados. Com os pés no chão vamos todos à luta! Só assim receberemos o passaporte para subirmos ao céu.

Para o alto devemos dirigir somente nossas orações. O olhar e a atenção devem estar voltados para a terra e para a história. Não podemos esquecer que Jesus está próximo e exige nossa presença neste mundo tão carente de dignidade, justiça e paz.

FONTE: www.miliciadaimaculada.org.br

sábado, maio 2


Deus chamou o seu anjo mais querido, e lhe apresentou o modelo de m�e. O anjo n�o gostou do que viu:
- O Senhor tem trabalhado muitas horas extras, j� n�o sabe mais o que esta fazendo � disse o anjo � Olhe s� ! Beijo especial que cura qualquer doen�a, seis pares de m�os para cozinhar, lavar, passar, acariciar, segurar, limpar: isso n�o vai dar certo!
- O problema n�o s�o as m�os � respondeu Deus.
- S�o os tr�s pares de olhos que precisei colocar: um que permita ver seu filho atrav�s de portas fechadas, e protege-lo de janelas abertas. Outro para mostrar severidade na hora de dar uma educa��o s�lida. E o terceiro para ficar constantemente demonstrando amor, ternura, apesar de todo o trabalho que ela ter�.
O anjo examinou o modelo de m�e com mais cuidado:
- � isso aqui. O que �?
- Um dispositivo de auto cura. Ela n�o ter� tempo de ficar doente, vai ter que cuidar do marido, dos filhos, da casa.
- Acho melhor o Senhor descansar um pouco � disse o anjo � E voltar para o modelo normal, com dois bra�os, um par de olhos etc.
Deus deu raz�o ao anjo. Depois de descansar, transformou a m�e numa mulher normal mas alertou o anjo:
- Precisei colocar nela uma vontade t�o grande, que se sentir� com seis bra�os, tr�s pares de olhos, sistema de auto-cura. Ou n�o ser� capaz de dar conta da tarefa.
O Anjo examinou-a de perto. Desta vez, em sua opini�o, Deus tinha acertado. De repente notou uma falha:
- Ela est� vazando. Acho que o Senhor, de novo colocou muita coisa neste modelo.
- N�o � vazamento. Chama-se l�grima.
- Serve pra que?
- Para alegria tristeza, desapontamento, dor, orgulho, entusiasmo.
- O Senhor � um g�nio � disse o anjo �Era justamente o que estava faltando para o modelo completo.
Deus, com ar sombrio, respondeu:
- N�o fui eu quem colocou. Quando eu juntei as pe�as, a l�grima apareceu.
Mesmo assim o anjo deu parab�ns ao Todo-Poderoso, e as m�es foram criadas.
- M�E � UM PEDA�O DO PARA�SO QUE DEUS DEIXOU NA TERRA PARA SUAVIZAR A CAMINHADA DO SER HUMANO
Mist�rios Nova Vida

Celebração e Teatro do Dia das Mães


CELEBRAÇÃO


APRESENTADOR: Estou procurando uma mulher capaz de lutar por grandes ideais. Uma mulher que, embora frágil, suporte as dores mais difíceis da vida.Sim, procuro uma mulher com tanto amor para dar, que seja capaz de dar a vida pelos outros. Vocês conhecem uma mulher assim?
(No palco surgem crianças que recitam estes textos e saem.)
Criança 1: Mãe, onde está o meu caderno de caligrafia?Criança 2: (do outro canto) Ô mãe, eu to com fome!Criança 3: Mãezinha, ajuda a amarrar meu cabelo?Criança 4: Mãe, peça ao pai deixar eu ir hoje na festinha do Roberto!
APRESENTADOR: É esta a mulher que eu procuro. Ela existe dentro de cada menina que brinca diante de nós. Sim, ela é um dom de Deus que floresce quando é convidada a partilhar com Ele o ato da criação. É a mulher que, no nosso dia-a-dia, parece muito comum em nosso sofrido Brasil, menos, talvez, nos chamados paises do primeiro mundo.
(Uma de cada vez, as mães entram e travam diálogo com a platéia.)
MÃE 1 (caracterização: dona de casa): Ah, como me sinto feliz ao ver meus filhos tão saudáveis e empenhados em suas tarefas! A minha família é a minha alegria.
Com meu esposo vibramos com tudo que nela acontece. Acreditem, nunca imaginei que seria capaz de ter sentimentos tão fortes.
MÃE 2 (caracterização: professora): Quando eu era moça, esperava a comida prontinha que mamãe colocava na mesa. Exigiam dela que minhas roupas fossem sempre limpinhas. Passava longas horas no telefone! Conversas e mais conversas que caíam na conta de meus pais. Antes de ser mãe, eu não tinha hora para acordar. Claro, havia programas interessantes na TV e eu nunca me preocupava com a hora de ir para a cama! Sim, eu era uma moça descansada, irresponsável.
Mas agora sou mãe, em casa e na escola. Como amadureci com isso! Posso Ihes afirmar que é muito bonito ser mãe de meus filhos e dos filhos que outras mãe me confiam para ensinar e educar. O amor não deve ter limites!
MÃE 3 (caracterização: rica): Antes de ser mãe, eu não me preocupava com os problemas de minha família. Conhecia só os direitos, os deveres pertenciam só aos pais. Antes de ser mãe, ninguém vomitou nem fez xixi em mim.Agora tudo mudou. Agora sou mãe. Isso é bom demais.O papa João Paulo I afirmou que o próprio Deus é mãe.Eu não duvido: Ele é o amor personificado!
MÃE 4 (caracterização: operária): Meus amigos e minhas amigas, antes de ser mãe eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse mudar tanto a minha vida. Eu nunca imaginei que pudesse amar tanto assim.Adoro ser mãe. Nunca havia conhecido a sensação de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
MÃE 5 (caracterização: negra): Eu não conhecia e nem imaginava o profundo laço que existe entre a mãe e a sua criança. A felicidade de alimentar um bebê faminto. Nunca poderia imaginar o calor, a alegria e a satisfação de ser mãe. Vocês, moças, às vezes temerosas diante de seu futuro, sonhem com o ideal de ser mães. Sinto-me uma rainha!
TODAS AS MÃES: Oh, Deus, você nos fez frágeis e fortes ao mesmo tempo. Nós participamos do seu poder criador.
(As mães ficam ao lado do palco. Entra a mãe índia.)
MÃE 6 (caracterização: índia): Mesmo que nunca tenha gerado um filho. Mesmo que nunca venha a gerá-lo, toda mulher é mãe! Mãe dos irmãos, mãe dos amigos, mãe dos animais, mãe da terra. Para nós, mães índias, é um presente de Deus podermos gerar uma nova criatura e educá-la nos nossos costumes,
(Entram 3 crianças: um menino e uma menina de 7 a IO anos e um neném de colo. Trazem um ramalhete de flores e se colocam no centro do palco. Aproximam-se as mães.)
TODAS AS MÃES: A mãe índia tem razão: há mulheres que consideram um peso participar da criação de Deus. Nós nos orgulhamos da vida nova que brota de dentro de nós: é um presente sagrado.
(As mães do palco descem e oferecem às mães da platéia as flores que estão com as crianças. Colocar uma música Mariana ou entoar um canto adequado.)
(Após a música, encerrar com este jogral recitado por jovens.)
Jovem 1: Não queremos mães escravas para suprir necessidades!
Jovem 2: E nem queremos mulheres que assumam a maternidade como pura necessidade da natureza!
Jovem 3: Só queremos nos alegrar com você, mãe, por este dom que Deus Ihe deu!
TODOS: Deus nos ama com Amor de Mãe!
Jovem 1: Seu abraço protetor...
Jovem 2: Seu sorriso restaurador...
Jovem 3: Só nos faz perceber que...
TODOS: Deus nos ama com Amor de Mãe!
Jovem 1: Mãe, você não pode ser explorada!
Jovem 2: Mãe, você é a pérola mais preciosa da humanidade !
Jovem 3: Mae, você se assemelha com a Mãe do nosso Redentor!
Jovem 2: Humilde...
Jovem I: ... mas corajosa!
Jovem 3: Atenciosa...
TODOS: ...mas, acima de tudo, destemida e apóstola!
Jovem 1: É por isso e mil outras razões que Ihe dirigimos esta oração:
Jovem 2: "Querida mãezinha, cheia de alegria..."
Jovem 3: "Nosso Pai do Céu e também da terra estejam sempre com você...
Jovem 1: "Abençoada seja você entre todas as criaturas..."
Jovem 2: "E abençoados sejam também todos aqueles a quem você ama..."
Jovem 3: "Santa e abençoada Mamãe...
Jovem 1: "Olhe por nós, seus filhos queridos..."
Jovem 2: "Que, pela ingratidão, muitas vezes você chorou..."
Jovem 3: "Mas sempre Ihe amamos e por isso pedimos":
TODOS: "Esteja ao nosso lado hoje e çempre, amém!"
(Tocar uma bonita Ave Maria, enquanto os jovens descem e abraçam as mães da platéia com as quais poderão realizar uma confraternização).
Etori Caldeira de Amorim




CELEBRAÇÃO

Animador: Amigos e amigas, sejam todos bem vindos para esta celebração, na qual queremos honrar a nossa querida mãe do céu. Nela temos um modelo no qual podemos nos espelhar. Iniciemos a nossa celebração entronizando solenemente a sua imagem. Enquanto isso cantemos juntos:
Canto:
MOMENTO DE PERDÃO
Animador: Deus coloca Maria diante de nós, como modelo a ser seguido. Nós, muitas vezes, preferimos os modelos que o mundo, a sociedade e os meios de comunicação social nos apresentam. Por isso, com humildade, a cada expressão digamos juntos:
Todos: Perdoai-nos e tornai-nos como Maria.
Leitor 1: Maria é modelo de oração. Pelas vezes que rezamos mal e deixamos de rezar em nossa família, nos grupos e na comunidade:
Leitor 2: Maria é modelo de fidelidade à Palavra de Deus. Pelas vezes que manifestamos pouco interesse em conhecer e praticar a Palavra de Deus:
Leitor 3: Maria é modelo de serviço e doação. Pelas vezes que somos insensíveis ao sofrimento do próximo e só pensamos em nós:
Animador: Deus, fonte de todo amor e misericórdia, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos acolha em teu Reino.
Todos: Amém!
Canto de alegria: Glória ao Pai, ao Deus da luz! / Glória ao seu Filho, Jesus! / Glória ao Espírito Santo! / Glória! Amém! (Bis)
PALAVRA DE DEUS
Animador: Vamos acompanhar agora uma passagem da vida de Maria e, em seguida, refletiremos juntos sobre as implicações para a nossa vida diária.
Leitor: Naquele tempo, Maria levantou-se...
Todos: Feliz és tu que levantas e acreditas que podes fazer o mundo ser um pouco melhor, com teu esforço e com teu trabalho.
Leitor: ...e foi às pressas à montanha.
Todos: Feliz és tu que te apressas para ajudar um irmão mais necessitado, e acreditas que, se tu não o fizeres, ninguém o fará por ti.
Leitor: Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Todos: Feliz és tu que visitas, levando tua palavra amiga a um lar ou a um coração que precisa de um gesto gratuito de amor.
Leitor: Quando Isabel, grávida de seis meses, ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu em seu ventre.
Todos: Feliz és tu que acreditas que uma criança, um filho, é o maior investimento no banco da vida.
Leitor: Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Todos: Feliz és tu que abres teu coração para que o Espírito de Deus possa ali construir seu mundo de justiça, de perdão e de paz.
Leitor: Bendita és tu entre as mulheres...
Todos: Feliz és tu que acreditas que a dignidade não passou da moda, mas que continua sendo o grande ornamento das mulheres.
Leitor: ...e bendito é o fruto do teu ventre.
Todos: Feliz és tu que saúdas com alegria o ventre dilatado de uma mulher e acreditas que todos que nascem são sinal de que Deus não perdeu a esperança nas pessoas.
Leitor: Como pode ser que a mãe de meu Senhor venha até mim?
Todos: Feliz és tu que não te julgas grande demais para servir e pequeno demais para pedir.
Leitor: Mal a tua saudação ressoou em meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre.
Todos: Feliz és tu que sabes parar para ouvir a saudação de um amigo, um coração em pranto, um grito por justiça, um canto de esperança, uma palavra de fé e de perdão.
Leitor: Feliz és tu que acreditaste que se cumpria tudo o que te foi dito da parte do Senhor.
Todos: Feliz és tu que acreditas na vida, nas pessoas, na bondade de Deus que caminha conosco, em todos os momentos, em todas as situações.
(Minutos de silêncio)
Canto:
Momento de Reflexão
1. Que lugar Maria ocupa em nossa vida de cristãos?
2. De que forma seu exemplo ajuda nossa caminhada cristã?
PRECES
Animador: Rezemos juntos a Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, para que nos ajude a seguirmos seu exemplo e tenhamos a força de dizermos, como Ela, o nosso SIM.
Lado A: Maria, Mãe do amor, ajuda-nos a amar e viver o amor.
Lado B: Maria, Mãe da esperança, ajuda-nos a viver e ser esperança para os que encontramos.
Lado A: Maria, Mãe da justiça, livra-nos da tendência de julgar e ajuda-nos a encarnar a justiça em nosso mundo.
Lado B: Maria, Mãe do silêncio, ensina-nos que o silêncio é a terra fecunda em que a Palavra pode nos renovar e transformar.
Lado A: Maria, Mãe da verdade, ensina-nos a sermos verdadeiros, transparentes e libertos da hipocrisia e da mentira.
Lado B: Maria, mãe da vida, livra-nos da morte do pecado, do egoísmo, e ressuscita-nos para a vida plena.
Todos: Amém!
Animador: Maria, que sempre rezava com seu filho Jesus, hoje nos convida a rezarmos juntos a linda oração que Ele nos ensinou.
Todos: Pai Nosso...
Bênção final
Abraço da paz


Fonte: Missão Jovem








Maria: A Mãe Solidária

Animador: Queridos irmãos e irmãs, Maria, ao dizer: "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38), comprometeu-se profundamente com o projeto que Jesus viria propor à humanidade. Hoje, nós queremos refletir sobre Maria, a mãe solidária, a mulher que trouxe o Filho de Deus ao mundo, sempre presente na vida das pessoas e das comunidades...
Canto:
Animador: Vamos agora recordar dois momentos importantes da história da salvação em que Maria esteve presente.
Leitor 1: Ela esteve presente aos pés da cruz, partilhando o sofrimento de seu Filho. Por isso, Maria mereceu participar do destino de Jesus e de sua glória na ressurreição. Com Jesus, Ela venceu o pecado, o mal e a morte.
Leitor 2: Ela esteve presente no cenáculo, no dia de Pentecostes, junto com os apóstolos. Maria invoca a vinda do Espírito Santo para que lhes dê a coragem de anunciar e testemunhar o Cristo ressuscitado.
Animador: Em quais outros momentos Maria esteve presente?
(Pedir a participação de todos...)
Canto:
Animador: Maria gerou e educou o menino Jesus. Dizem que o amor mais forte que existe no mundo é o amor de uma mãe para com os filhos. Sem dúvida, Maria amou Jesus como nenhuma mãe o soube fazer, pois Ela sabia da importância de Jesus para a humanidade. Mas, como será que, hoje, Jesus é "gerado" em nossas comunidades?
Leitor 1: A geração de Jesus acontece quando pessoas e comunidades vão praticando o Evangelho.
Leitor 2: Ninguém é concebido pronto, precisa ser gestado. Assim, o projeto de Deus, nas comunidades e grupos, deve ser vivido e praticado.
Leitor 3: O profeta Isaías diz que a chuva engravida a terra seca, que, assim, gera vida. A vegetação que parecia morta, com a chuva recomeça a reviver.
Todos: Maria traz à luz Jesus Cristo, a verdadeira vida para todos.
ATO PENITENCIAL
Animador: Vamos pedir perdão pelas vezes em que não colaboramos para a construção do projeto de Deus. Pelas vezes em que "secamos" ainda mais a vida da comunidade, impedindo que a "chuva" do amor renove a nossa vida. Afinal, também nós estamos envolvidos nas estruturas de morte e, pelo nosso silêncio, pelos nossos medos e omissões, somos responsáveis pelo mal que há no mundo. Deixemo-nos interpelar por estes dados e peçamos perdão ao Senhor, dizendo: "Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Leitor: A ONU afirma que 800 milhões de pessoas vivem na miséria.
Todos: "Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós".
Leitor: A ONU diz que 100 milhões de pessoas vivem na rua, debaixo das pontes e árvores. Mas, se somarmos os que vivem em barracos, nas favelas..., chegamos a um bilhão!
Todos: Cordeiro de Deus...
Leitor: A ONU fala de 100 milhões de desocupados. Mas, se somarmos as pessoas que têm um trabalho precário ou provisório, passamos de 800 milhões.
Todos: Cordeiro de Deus...
Leitor: A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que nos países do terceiro mundo existem 450 milhões de excepcionais deficientes físicos.
Todos: Cordeiro de Deus...
A PALAVRA DE DEUS
CANTO:
LEITOR: LC 1, 46-56
PARA REFLETIR:
1. COMO SERIA A SOCIEDADE, DE ACORDO COM O CÁNTICO DE MARIA?
2. POR QUE NÓS, DE CERTA FORMA, TAMBÉM SOMOS RESPONSÁVEIS PELA MAL QUE HÁ NO MUNDO?
3. COMO, A EXEMPLO DE MARIA, PODEMOS SER PESSOAS MAIS SOLIDÁRIAS?
NOSSOS PEDIDOS
Animador: Maria nos indicou o caminho para construir um mundo mais justo, uma grande família como Deus quer. Dirijamo-lhe agora, e com muita confiança, a nossa oração. Ela, como mãe, sempre intercede por nós.
Leitor 1: Maria, mãe, irmã e amiga, que viveste intensamente a tua fé, partilhando a sorte de cada homem e mulher, ensina-nos a aceitar, dia após dia, o dom de Deus para vivermos e construirmos a história da salvação.
Todos: Ajuda-nos a sermos coerentes com nossa fé.
Leitor 2: Maria, tu que venceste o mal, ajuda-nos a fazer com que as nossas decepções, dúvidas, medos... não se transformem em sinais de morte, mas sejam desafios para um maior crescimento.
Todos: Ajuda-nos a sermos coerentes com nossa fé.
Leitor 3: Maria, ajuda-nos a ser como a "chuva que engravida a terra seca", transformando-nos em plantas de amor, solidariedade, justiça e fraternidade.
Todos: Ajuda-nos a sermos coerentes com nossa fé.
Outras invocações
Oração: (Rezar juntos a oração abaixo)
Canto
Oração à Mãe da Vida
Ó Maria, aurora do mundo novo,Mãe dos viventes, a vós confiamos a causa da vida.Olhai, Mãe, para o número sem fim de crianças impedidas de nascer;De pobres, para quem se torna difícil viver;De homens e mulheres vítimas da violência;De idosos e doentes assassinados pela indiferença ou por uma presumida compaixão. Fazei com que todos aqueles que crêem no vosso filho, saibam anunciar com coragem e esperança o Evangelho da Vida.Alcançai-lhes a graça de o acolher como um dom sempre novo, e a coragem para o testemunhar com laboriosa tenacidade.Com tua ajuda, e juntamente com todas as pessoas de boa vontade, construiremos a civilização do amor, para louvor e glória de Deus Criador e amante da vida.mém.
Mães órfãs
Olá, meus amigos e amigas artistas... Como foi a apresentação do teatro da Semana Santa “O silêncio quaresmal pede paz”? Literalmente um espetáculo, não foi?!
O teatro mímico ou sem fala, como queiram chamar, é uma oportunidade para se mostrar através da expressão corporal e dos recursos de áudio e luzes, uma realidade que por si só fala.
Mas vamos ao teatro deste mês, preparado para o Dia das Mães. Ah, lembrem-se, como membro da equipe Missão Jovem, estou disponível para ajudar-lhes a preparar cada teatro que apresentamos nesta página.
Todos os anos lembramos o Dia das Mães com muitas flores, beijos, sorrisos e, em algumas famílias, muitos presentes. Neste ano queremos ajudar a refletir sobre as mães esquecidas e sofredoras, objetivo da Campanha da Fraternidade 2003, e as mães que perderam ou estão perdendo seus filhos nas guerras e outras violências.
PREPARAÇÃO
No palco, rosas murchas espalhadas pelo chão e uma música instrumental que ajude a reflexão (veja a dica no final).
Após alguns instantes, entram dois personagens. A primeira, caracterizada como mãe de uns 30 anos vestindo roupas sujas de sangue. A outra, uma mãe idosa de bengala. Elas andam pelo palco procurando seus filhos. Gritam o nome deles, mas sem resposta. Após algum tempo, declamam para o público.
PRIMEIRA CENAMãe Idosa: (lenta e reflexiva) Já se foram muitos anos, mas ainda parece-me que estou ouvindo suas primeiras palavras: “ma-mãe”. Que alegria! Nascia em mim uma nova mulher. Uma mulher guerreira, apaixonada, mais carinhosa... Era meu primeiro filho dos seis que vim a ter nos 27 anos seguintes de minha vida... (ouve-se a voz de criança gritando: Mãe, vem me procurar!!!) ... eles estavam sempre juntos de mim, e eu os tinha (ela chora). Sentia-me uma rosa que segurava entre suas pétalas o pólen da vida, mas hoje... mas hoje (ela olha para os lados tentando procurá-los) não os tenho... foram com o vento do esquecimento... não os tenho mais... (entre soluços, sai procurando e chamando pelo nome de seus filhos).
VOZ: Largadas e esquecidas são elas... mães idosas, mães abandonadas. Corações tenros e amaciados pela alegria de possibilitar o nascimento da vida, hoje só lhes resta a amargura e a solidão materna. Mães esquecidas por filhos preocupados com o sucesso, com a ambição... Esquecidas... Apenas e somente: esquecidas!
Mãe sofrida: (em tom de indignação) Maldita guerra estéril que rouba nossos filhos cheios de vida e nos devolve corpos... sem vida. Suga o ar juvenil de nossos rebentos que cultivamos durante os anos em que eram desprotegidos, e agora os colocam diante do fogo que devora sem piedade... (ouve-se a voz de um adolescente: Mãe, dorme comigo, eu estou com muito medo!). Oh, violência infeliz! Oh, maldita droga! (choro de indignação). Sim, vocês arrancaram e destruíram nossos filhos queridos!
VOZ: A guerra, o narcotráfico, a violência, a ambição levam todos os dias milhares de filhos e filhas, deixando mães órfãs e sem mais sentido para viver. Basta! Até quando teremos que ver mães chorando a ausência de seus filhos? (com intensidade) Ao final da frase, as duas mães que estão no palco ficam “congeladas”.
SEGUNDA CENAEntra um casal de irmãos olhando juntos um álbum de fotos. Eles apontam as fotos, sorriem e fazem comentários.
Irmã: Olhe só essa aqui mano, a mãe se atirando no chão pra pegar algumas balas no aniversário do Henrique, parece uma criança...
Irmão: Isso porque nós tínhamos vergonha de pegar (a irmã perde o sorriso).
Irmão: Veja a festa dos 25 anos de casamento dela com nosso querido papai. Foi uma festa maravilhosa. Mas, observe bem, irmã, ao contrário do papai, a mamãe me parece tão triste...
Irmã: E não era por menos Carlos, naquele dia mamãe completava 5 anos de muitas saudades de nosso irmão Joaquim, falecido por causa das drogas...
Irmão: Pobrezinha, sempre deu toda sua vida, suas energias, seu amor por nós. Veja essa foto que o Joaquim bateu, ela estava dormindo no chão ao lado da minha cama. Passei dois dias doente e ela sempre ao meu lado.
Irmã: Agora tudo mudou: Nossa vida não é mais a mesma sem a mamãe.
Irmão: Ah, minha irmã, o asilo é uma faca que até hoje me corta o coração. Nossas preocupações egoístas permitiram que nossa idosa mãe passasse seus últimos dias só... sem... (ele abraça a irmã e ela o conforta).
Irmã: ... sem amor, Carlos... sem amor.Eles “congelam” abraçados. As duas mães voltam a procurar pelo palco seus filhos, chamando-os.
TERCEIRA CENAEntram 5 jovens, cada um com uma letra da palavra MAMAE. Ficam lado a lado formando a palavra e, na ordem, declamam um a um avançando um passo.
M: Mulher! Mãe é, acima de tudo, mulher, valente, sensível, doce e corajosa.
A: Amorosa! Ama incondicionalmente seus filhos e marido. Verdadeira expressão do amor de Deus.
M: Maravilhosa! A exemplo de Maria, as mães são um poço de maravilhas.
A: Afetuosa! Como ninguém, as mães são as companheiras mais desejáveis de qualquer criança.
E: Especial! As mães são especiais e a elas se voltam nossos olhares neste dia tão especial.
Após a última letra, as mães que estavam “congeladas” se dirigem até os jovens que formam a palavra MAMAE e reformulam as letras formando a palavra AMAME. Logo em seguida declamam.
Mãe sofrida: Ainda sou mãe. Sou idosa, mas sou mãe. Ganhei o diploma de Avó, mas ainda sinto vontade de pegar meus filhos no colo e protegê-los com todo o meu amor. O que mais quero é que não esqueçam de mim... AMAME, meu filho; AMAME, minha filha!
Mãe sofrida: Não permitamos que mais mães se tornem órfãs de filhos e vivam a lembrança das terríveis e estéreis guerras, violências, seqüestros, drogas... Tudo isso separa a árvore de seus frutos.Neste momento os jovens que estavam “congelados”, juntamente com os outros, se aproximam das duas mães e as abraçam oferecendo-lhes rosas vivas e bonitas. Enquanto isso os personagens e o público cantam uma canção conhecida ou tocam uma música relacionada ao momento.
DICAS:Podem ser usadas várias músicas de acordo com o momento, contudo indico para a abertura deste teatro a música Adágio, de T. Albinoni, que se encontra no CD gravado pelas Paulinas: “Momentos de Paz”, de Eduardo Assad. Para conhecê-la acesse nosso site:
www.missaojovem.com.br/teatro.htm
· As mães devem ser bem caracterizadas, disso depende também o êxito do teatro. Muita criatividade!
· Preparem um pequeno texto como oração ou mensagem e distribuam para as pessoas presentes para que todos possam rezar juntos no final da apresentação.
· Minha última dica é, ensaio, ensaio e mais ensaio. Não deixem de ensaiar e treinar bem as falas para que tudo flua como manda a arte cênica.

Até a próxima.

Etori C. de Amorim



ATIVIDADE PARA CATEQUESE

segunda-feira, abril 20

Lembrancinhas para o dia das Mães

Fuxicos para todos os gostos!!!
porta lápis... http://dionnecriatividade.blogspot.com/



http://cantinhoalternativo.blogspot.com




Peso de Porta 2









Flor em EVA:









Porta receitinhas:





















Lembrancinhas feitas em E.V.A e com sabonetes dentro (http://fotolog.terra.com.br)























Algumas sugestões de lembrancinhas para o dia das mães.
Estes potinhos são muito utéis em qualquer ocasião.
Você pode fazer com as crianças biscoitinhos caseiros e colocar dentro, vai ficar maravilhoso!!! pois a mãe adora o que o filho faz.
Outra sugestão é colocar balinhas ou bombons, como também saquinhos para fazer chá, enfim...
Vale a criatividade!!!
Foi feito com garrafa pet, eva, fitas, tecidos, botões decorados, entre outras coisas.
BEIJÃOOOOOOOOO

Fontes:




terça-feira, abril 14




O que é a Bíblia



A palavra "Bíblia" vem do grego "biblos", que era o nome dado às folhas prensadas do papiro (três mil anos antes de Cristo os egípcios já escreviam no papiro, uma grande planta própria das margens alagadiças do rio Nilo, seu caniço comprido era aberto em tiras, as quais eram prensadas enquanto ainda estavam úmidas e assim formavam uma folha. Tais folhas eram escritas em um só lado e depois guardadas em rolos).Biblos significa "livro" e o plural em grego é "biblia". Portanto, "Bíblia" quer dizer "livros" ou "coleção de livros". Segundo o Concílio Vaticano I:
"A Bíblia é a coleção de Livros Sagrados que escritos sob a inspiração do Espírito Santo, tem a Deus como Autor."


Quem escreveu a Bíblia
Deus quis se servir de homens que Ele foi escolhendo ao longo da história da salvação para escrever aquilo que Ele queria que fosse escrito. Estes homens chamam-se escritores sagrados ou hagiógrafos. Todos os livros da Bíblia são inspirados por Deus.Os escritores sagrados foram muitos (mais de 50), às vezes com um intervalo de centenas de anos de um para o outro. Porém, em todos eles, era Deus quem os inspirava a escrever somente e exclusivamente o que Ele queria. Distinguimos na Sagrada Escritura dois autores: um primeiro e principal, autor da idéia, que é Deus e outro secundário, que põe por escrito a idéia inspirada por Deus.



Quanto tempo a Bíblia levou para ser escrita



Os primeiros escritos datam do século XII a.C. e só foram concluídos no final do século I d.C. Portanto, foram quatorze séculos o período em que foi escrita a Bíblia.
Onde foi escrita a Bíblia
O Antigo Testamento foi escrito na Palestina, na Babilônia e no Egito.O Novo Testamento na Palestina, na Síria, na Ásia Menor, Grécia e Itália.
Em que línguas em que foi escrita a Bíblia
Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, menos o Livro da Sabedoria, os dois de Macabeus e trechos de Daniel e de Ester, que foram escritos em grego.O Novo Testamento foi todo escrito em grego, menos o Evangelho de Mateus, que foi escrito em aramaico.





Divisão da Bíblia
A Bíblia se divide em 2 grandes partes ou dois grandes grupos de livros: os escritos antes do nascimento de Cristo e os escritos depois.
Os escritos antes, que são 46 livros, formam o Antigo Testamento, os escrito depois, 27 livros, constituem o Novo Testamento.No Antigo encontramos a promessa de salvação e a Aliança de Deus com seu povo.No Novo, a realização da promessa no Sacrifício e no Sangue de Jesus Cristo.Os livros Sagrados, tanto no Antigo como no Novo Testamento, são agrupados segundo o assunto de que tratam em:
Pentateuco = 5 primeiros livros (de Gênesis a Deuteronômio)
Livros Históricos = 16 livros (de Josué a II Macabeus)
Livros Sapienciais = 7 livros (de Jó a Eclesiástico)
Livros Proféticos = 18 livros (de Isaías a Malaquias)
Evangelho e Atos dos Apóstolos = 5 livros (de Mateus a Atos dos Apóstolos)
Cartas Apostólicas e Apocalipse = 22 livros (de Romanos a Apocalipse)
Ainda mais, cada livro está dividido em capítulos e cada capítulo em versículos. Por volta do ano 1200 d.C. o cardeal Estevão Langton dividiu os livros da Bíblia em capítulos e o Frade Santo Pagnino em 1500 d.C. aproximadamente, fez a divisão dos capítulos em versículos.
É importante perceber que a Bíblia chegou até nós da maneira que a temos graças à Igreja Católica.






Unidade da Bíblia


Apesar dos diversos livros, dos muitos escritores humanos e da distância de tempo entre eles, há na Bíblia uma maravilhosa unidade: no Antigo Testamento (AT) é anunciado o Messias, o Filho de Deus que devia vir salvar a humanidade. No Novo Testamento (NT) é narrada a história e a doutrina do Salvador e da sua Igreja nascente. Portanto a mensagem, o assunto central da Bíblia é Jesus Cristo.Como a Bíblia chegou até nósOs livros do AT, escritos pelos hebreus antes do nascimento de Jesus Cristo, foram conservados e transmitidos pelas Sinagogas Judaicas que cuidavam de reproduzi-los a mão em pergaminhos (couro de carneiro curtido e devidamente preparado para nele se escrever).


Os livros do NT nasceram nas primeiras comunidades cristãs e foram transmitidos e conservados pela Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo e encarregada de levar a Divina Palavra até o fim do mundo, conforme a história testemunha.Como ler a BíbliaO Concílio Vaticano II nos diz:
“A Igreja exorta com veemência e de modo particular a todos os fiéis cristãos... a que pela freqüente leitura das divinas Escrituras aprendam a eminente ciência de Jesus Cristo.
Portanto ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.
Dei Verbum 25
A Bíblia que deve ser lida pelos católicos é a da Igreja Católica com notas e explicações. Ela deve ser lida com o mesmo Espírito com que foi escrita, isto é, com humildade, confiança, amor, com retidão de intenção e piedade, abrindo a nossa alma às inspirações do Espírito Santo de Deus.Ainda mais, seguindo o conselho de St. Agostinho, devemos ler primeiro o Novo Testamento, porque, como o Santo Doutor declara, no AT está escondido o NT e no Novo se revela o Antigo.
"A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração, a fim de que se estabeleça um diálogo entre Deus e o homem. Pois com Ele falamos quando rezamos, a Ele ouvimos quando lemos os Divinos Oráculos".
Santo Ambrósio
Quem pode interpretar a Bíblia


A Bíblia é a Palavra de Deus, é Deus falando conosco, sua leitura exige muito respeito, humildade e prudência.Não há dúvida de que a interpretação e explicação das Sagradas Escrituras pertence à Igreja de Cristo, que é a Católica. Assim, o Vaticano II afirma:
“Com efeito, tudo quanto diz respeito à interpretação da Sagrada Escritura está sujeito ao juízo último da Igreja, quem tem o divino mandato e ministério de guardar e interpretar a Palavra de Deus”
Dei Verbum 12
Jesus entregou sua mensagem à Igreja e a ela compete a reta interpretação da Bíblia:
“Jesus aproximou-se dos seus apóstolos e falou: ‘Foi-me dado o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai a todas as gentes... Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo’”. (Mateus 28, 16-20; Marcos 16, 14-16)“Disse Jesus aos seus discípulos: ‘Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos rejeita, a mim é que rejeita’”. (Lucas 10, 16)
Leia também 2 Pedro 3,15-16; Mateus 12, 23-29; Atos 8, 30-35; 2 Coríntios 10, 4-5

segunda-feira, abril 13

Encontro de catequese




Iniciação Cristã I - Preparação para a Primeira Eucaristia




A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.


O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.


O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.


Assim acontece com gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.


O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.


Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.


Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.


Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.


Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: Bum! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, com que ela mesma nunca havia sonhado.


Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.


E você o que é?


Uma pipoca estourada ou um piruá?


A incredulidade de Tomé

João 20,19-31
Reflexões

È significativa a cronologia que o Evangelho de João nos oferece sobre “aquele dia, o primeiro da semana” (v. 19), o dia mais importante da história. Porque naquele dia Cristo ressuscitou. Aquele dia tinha começado com a ida de Maria de Magdala ao sepulcro “de manhã cedo, quando era ainda escuro” (Jo 20,1). No Evangelho de hoje; estamos na “tarde daquele dia ... quando as portas estavam fechadas ... por medo dos Judeus” (v. 19). A ambientação espácio-temporal, e também psicológica, é completa. Começou a nova história da humanidade, sob o signo de Cristo ressuscitado. Prescindir dele seria uma perda de valores e um risco para a própria sobrevivência humana.

As portas fechadas e o medo são superados com a presença de Jesus, o Vivente, que por bem três vezes anuncia: “A Paz esteja convosco! (v. 19.21.26), provocando a alegria intensa dos discípulos “ao verem o Senhor” (v. 20). Paz e alegria são as características mais evidentes da primeira comunidade cristã (I leitura): tomavam as refeições com alegria e simplicidade de coração e eram estimados por todo o povo (v. 46-47). Uma estima justificada, dada a solidez e a irradiação missionária daquele novo grupo que se edificava sobre quatro pilares (v. 42): o ensinamento dos apóstolos, a fracção do pão, a oração e a koinonia (união fraterna, partilha dos bens). Pedro (II leitura), pela sua parte, exorta os fiéis a serem “repletos de alegria, mesmo se ... aflitos por várias provações” (v.6). A Páscoa de Jesus leva a superar os medos do cristão e do missionário; a fé, que leva ao encontro com Cristo ressuscitado, ajuda a superar também muitas dificuldades psicológicas, tais como a angústia, os temores, a depressão...

São três os dons principais que Cristo oferece à comunidade dos crentes: o Espírito Santo, o perdão dos pecados e a missão. O fruto maior da Páscoa é certamente o dom do Espírito Santo, que Jesus sopra sobre os deus discípulos: “Recebei o Espírito Santo” (v. 22). Ele é o Espírito da criação redimida e renovada, que Jesus exala no momento da sua morte na cruz (Jo 19,30), como prelúdio do Pentecostes (Actos 2 ss).

Para João, o dom do Espírito é essencialmente ligado ao dom da paz e, por isso, ao perdão dos pecados, como disse Jesus: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados” (v. 23). A verdadeira paz tem as suas raízes na purificação dos corações, na reconciliação com Deus, com os irmãos e com a criação inteira. Esta reconciliação é obra do Espírito, porque “Ele é a remissão de todos os pecados” (ver a oração sobre as ofertas, na Missa do sábado antes do Pentecostes, e a nova fórmula da absolvição sacramental). Para o evangelista Lucas “a conversão e o perdão dos pecados” são a mensagem que os discípulos deverão pregar “a todos os povos” (Lc 24,47). É por isso mesmo que o sacramento da reconciliação é um dom pascal de Jesus, com inestimável valor: é o sacramento da alegria cristã (Bernardo Häring).

Os dons do Ressuscitado devem ser anunciados e partilhados com toda a família humana: é por isso que Jesus, naquela mesma tarde, anuncia uma missão universal, que Ele confia aos apóstolos e aos seus sucessores: “Como o Pai me enviou, assim eu vos envio a vós” (v. 21). São palavras que ligam para sempre a missão da Igreja à vida da Trindade, porque o Filho é o missionário enviado pelo Pai para salvar o mundo inteiro com o amor: “Como o Pai me enviou a mim, também eu vos envio a vós”: são palavras que precisamos de per em paralelo com outras: “ Como o Pai me amou a mim, assim eu vos amei a vós” (Jo 15,9), estabelecendo uma ligação inseparável entre missão-amor e amor-missão. Com estas palavras fica definitivamente esclarecido que a Missão universal nasce da Trindade (AG 1-6) e é dom e compromisso pascal de Jesus ressuscitado.

Os três dons do Ressuscitado: o Espírito, a reconciliação e a missão, são por nós vividos na fé. Mesmo sem vermos o Senhor, somos felizes (v.29) se acreditamos nele e o amamos. Ficamos, assim, agradecidos a Tomé (v. 25), que quis meter a mão na ferida do coração de Cristo, que “cubiculum est Ecclesiae”, é a sala íntima/secreta da Igreja (S. Ambrósio). Aquele Coração é o santuário da Divina Misericórdia, título e tesouro que neste Domingo é celebrado com devoção popular crescente. A misericórdia divina é, desde sempre, a revelação mais global e consoladora do mistério cristão: “A terra está cheia de miséria humana, mas está cheiíssima da misericórdia de Deus” (S. Agostinho). Esta é a ‘boa notícia’ permanente, que a Missão leva à humanidade inteira.

sábado, abril 11

A todos os amigos que por aqui passam e aqui deixam a sua pegada desejo uma Santa e Feliz Páscoa. Que Cristo viva e reine no coração de cada um de nós! Que cada um seja testemunha da Sua Ressurreição!




sábado, abril 4

Dinâmica: O BARCO


CD para criar clima de oração.


Tempo Estimado: 10 a 15 minutos.


Nossa vida está cada vez mais cheia de tarefas e compromissos e nem sempre conseguimos dar conta de tudo, dando-nos a impressão de estamos em um mar com águas para todo lado. Há momentos da nossa vida que este mar se mostra calmo, mas em muitos momentos nós navegamos por entre tempestades que quase nos leva à naufragar. Para não corrermos o risco de naufragar precisamos equilibrar bem o peso de nosso barco, e para isso precisamos ver o que pode estar pesando dentro desse barco e que deve ser lançado ao mar.


O barco pesa do lado direito. São as influências do mundo.

Ex: Excesso de trabalho e compromissos, televisão, comodismo, preguiça, desânimo, cansaço, etc. Vamos tirar de dentro do nosso barco tudo isso para que ele se equilibre novamente. (Cortar a ponta do lado direito do barco)
Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que o outro agora é que está pesado, precisamos tirar mais alguma coisa deste barco. Deste lado do barco está pesando: Egoísmo, infidelidade, impaciência, irritabilidade, desamor, falta de oração, etc. (Cortar a ponta do lado esquerdo do barco).
Percebemos agora que existe uma parte do barco que aponta pra cima, é a nossa fé em Jesus que nós queremos ter sempre dentro do nosso barco, esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada. (Cortar a ponta de cima do barco e colocar em algum lugar visível).
Vamos abrir este nosso barco e ver como ficou (Abrindo parece uma camisa).
Está é a camisa do Cristão! E um bom atleta veste sua camisa para que seu time sempre vença. (dedicação, superação dos problemas e comodismo, desejo real de buscar alimento espiritual).
Depois de suarmos esta camisa, nós podemos ter certeza de que Jesus é a nossa Salvação – abrir a camisa. Só conseguiremos esta salvação se assumirmos a proposta de Cristo, entendendo o próximo, amando-o como Jesus - olhar através da cruz para ver o rosto do próximo.
Como vamos nos manter firmes nesta caminhada de cristão não deixando que nosso barco afunde? Temos que nos alimentar, e aqui está o único e verdadeiro alimento para nossa alma, que nos faz fortes e perseverantes – mostrar a pontinha do barco guardada - perguntar o que é? Resposta: Eucaristia - está é a certeza que Jesus estará sempre dentro do nosso barco para enfrentar conosco qualquer tempestade.
Para a caminhada precisamos de remos: 2 são nossos e os outros dois remos são de Jesus que está sempre em toda nossa caminhada nos ajudando.
Finalizar agradecendo a presença de todos e entregar o cartão para que sempre se lembrem de alimentar-se com o Pão Insubstituível que é Jesus! Ler a mensagem e convidá-los para o lanche.
Fiquem com Deus!

Atividade para Domingo de Ramos


clique na imagem para ampliar. Bom trabalho!

Molde de Coelho para Páscoa

Olá a todos, estou disponibilizando o molde de um coelhinho de Páscoa, quem sabe servirá para seus encontros de catequese ou para outros momentos. Bom trabalho!



Clique na imagem para ampliar! Beijinhos!

quinta-feira, abril 2

Pasta de ATIVIDADES EM FAMÍLIA

" POR QUE VOCÊ VEM AOS ENCONTROS DA CATEQUESE??"





( ) Porque quero receber o Sacramento da Eucaristia


( ) Porque meus amgos vem.


( ) Porque mamãe mandou.


( ) não sei responder.





Acreditamos que a maior parte das respostas dos CATEQUIZANDOS será "porque mamãe mandou", dessa forma, como sugestão, que tal fazer uma Pasta que seria de ATIVIDADES EM FAMÍLIA, (obs.: não é para casa, são atividades que deverão ser feitas em família). Depois destas respostas acima, incrementem mais as atividades.


Abraços fraternos.




Sugestões:


Outra sugestão éque façam um cartaz para colocar nas salas de catequese:
Amigos de Jesus
O que toda Criança amiga de Jesus deve fazer:
* Rezar todos os dias;
* Obedecer e respeitar pai e mãe;
* Respeitar os mais velhos;
* Estudar;
* Respeitar os professores, colegas e parentes;
* Ser educada, cumprimentar as pessoas dizendo Bom Dia!, Boa Tarde!, Boa Noite!, pedir licença e não falar nomes feios;
* Não mentir e falar sempre a verdade, pois ela sempre irá prevalecer.

fonte de inspiração: http://pequenogigante.blogspot.com/

domingo, março 29

Liturgia do Domingo de Ramos da Paixão de Cristo


Procissão de Ramos


EVANGELHO Mc 11, 1-10

«Bendito O que vem em nome do Senhor»Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo,ao aproximarem-se de Jerusalém,cerca de Betfagé e de Betânia, junto do monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos e disse-lhes:

«Ide à povoação que está em frentee, logo à entrada, vereis um jumentinho preso,que ninguém montou ainda.Soltai-o e trazei-o. E se alguém perguntar porque fazeis isso,respondei: ‘O Senhor precisa dele, mas não tardará em mandá-lo de volta’».

Eles partiram e encontraram um jumentinho,preso a uma porta, cá fora na rua, e soltaram-no.

Alguns dos que ali estavam perguntaram-lhes:

«Porque estais a desprender o jumentinho?»

Responderam-lhes como Jesus tinha ditoe eles deixaram-nos ir.Levaram o jumentinho a Jesus,lançaram-lhe por cima as capase Jesus montou nele.Muitos estenderam as suas capas no caminhoe outros, ramos de verdura, que tinham cortado nos campos.E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás clamavam

:«Hossana! Bendito O que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino do nosso pai David!Hossana nas alturas!»

Palavra da salvação.


Missa


LEITURA I Is 50, 4-7


«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam,mas sei que não ficarei desiludido»Leitura do Livro de IsaíasO Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo,para que eu saiba dizer uma palavra de alentoaos que andam abatidos.Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos,para eu escutar, como escutam os discípulos.O Senhor Deus abriu-me os ouvidose eu não resisti nem recuei um passo.Apresentei as costas àqueles que me batiame a face aos que me arrancavam a barba;não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio,e, por isso, não fiquei envergonhado;tornei o meu rosto duro como pedra,e sei que não ficarei desiludido.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL

Salmo 21, 8-9.17-18a.19-20.23-24

Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?

Todos os que me vêem escarnecem de mim,estendem os lábios e meneiam a cabeça:

«Confiou no Senhor, Ele que o livre,

Ele que o salve, se é seu amigo».

Matilhas de cães me rodearam,cercou-me um bando de malfeitores.

Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, posso contar todos os meus ossos. Repartiram entre si as minhas vestese deitaram sortes sobre a minha túnica. Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.

Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos, hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.Vós, que temeis o Senhor, louvai-O, glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob, reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.


LEITURA II Filip 2, 6-11


«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus,mas aniquilou-Se a Si próprio.Assumindo a condição de servo,tornou-Se semelhante aos homens.

Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais,obedecendo até à morte e morte de cruz.

Por isso Deus O exaltoue Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes,para que ao nome de Jesus todos se ajoelhemno céu, na terra e nos abismos,e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,para glória de Deus Pai.

Palavra do Senhor.


EVANGELHO Mc 14, 1 __ 15, 47


Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristosegundo São Marcos

Faltavam dois dias para a festa da Páscoa e dos Ázimose os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam maneira de se apoderarem de Jesus à traiçãopara Lhe darem a morte. Mas diziam:

R «Durante a festa, não,para que não haja algum tumulto entre o povo».

N Jesus encontrava-Se em Betânia,em casa de Simão o Leproso,e, estando à mesa,veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro com perfume de nardo puro de alto preço. Partiu o vaso de alabastroe derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Alguns indignaram-se e diziam entre si:

R «Para que foi esse desperdício de perfume? Podia vender-se por mais de duzentos denáriose dar o dinheiro aos pobres».

N E censuravam a mulher com aspereza.Mas Jesus disse:

J «Deixai-a. Porque estais a importuná-la? Ela fez uma boa ação para comigo. Na verdade, sempre tereis os pobres convoscoe, quando quiserdes, podereis fazer-lhes bem; mas a Mim, nem sempre Me tereis. Ela fez o que estava ao seu alcance:ungiu de antemão o meu corpo para a sepultura.Em verdade vos digo: Onde quer que se proclamar o Evangelho, pelo mundo inteiro,dir-se-á também em sua memória, o que ela fez».

N Então, Judas Iscariotes um dos Doze,foi ter com os príncipes dos sacerdotespara lhes entregar Jesus.Quando o ouviram, alegraram-see prometeram dar-lhe dinheiro. E ele procurava uma oportunidade para entregar Jesus.

N No primeiro dia dos Ázimos,em que se imolava o cordeiro pascal,os discípulos perguntaram a Jesus:

R «Onde queres que façamos os preparativospara comer a Páscoa?»

N Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:

J «Ide à cidade.Virá ao vosso encontro um homem com uma bilha de água.Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa:‘O Mestre pergunta: Onde está a sala, em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?’Ele vos mostrará uma grande sala no andar superior,alcatifada e pronta. Preparai-nos lá o que é preciso».

N Os discípulos partiram e foram à cidade.Encontraram tudo como Jesus lhes tinha ditoe prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, chegou Jesus com os Doze. Enquanto estavam à mesa e comiam,Jesus disse:

J «Em verdade vos digo:Um de vós, que está comigo à mesa, há-de entregar-Me».

N Eles começaram a entristecer-se e a dizer um após outro:
R «Serei eu?»

N Jesus respondeu-lhes:

J «É um dos Doze, que mete comigo a mão no prato.O Filho do homem vai partir,como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser traído! Teria sido melhor para esse homem não ter nascido».

N Enquanto comiam, Jesus tomou o pão,recitou a bênção e partiu-o,deu-o aos discípulos e disse:

J «Tomai: isto é o meu Corpo».

N Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho.E todos beberam dele.Disse Jesus:

J «Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado pela multidão dos homens.Em verdade vos digo: Não voltarei a beber do fruto da videira,até ao dia em que beberei do vinho novo no reino de Deus».

N Cantaram os salmos e saíram para o Monte das Oliveiras.

N Disse-lhes Jesus:

J «Todos vós Me abandonareis, como está escrito:‘Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas’. Mas depois de ressuscitar,irei à vossa frente para a Galileia».

N Disse-Lhe Pedro:

R «Embora todos Te abandonem, eu não».

N Jesus respondeu-lhe:

J «Em verdade te digo: Hoje, esta mesma noite, antes do galo cantar duas vezes,três vezes Me negarás».

N Mas Pedro continuava a insistir:

R «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».

N E todos afirmaram o mesmo.Entretanto, chegaram a uma propriedade chamada Getsémani e Jesus disse aos seus discípulos:

J «Ficai aqui, enquanto Eu vou orar».

N Tomou consigo Pedro, Tiago e João e começou a sentir pavor e angústia.Disse-lhes então:

J «A minha alma está numa tristeza de morte.Ficai aqui e vigiai».

N Adiantando-Se um pouco, caiu por terrae orou para que, se fosse possível,se afastasse d’Ele aquela hora. Jesus dizia:

J «Abba, Pai, tudo Te é possível:afasta de Mim este cálice. Contudo, não se faça o que Eu quero,mas o que Tu queres».N Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os dormindoe disse a Pedro:

J «Simão, estás a dormir? Não pudeste vigiar uma hora? Vigiai e orai, para não entrardes em tentação.O espírito está pronto, mas a carne é fraca».

N Afastou-Se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras.Voltou novamente e encontrou-os dormindo,porque tinham os olhos pesadose não sabiam que responder. Jesus voltou pela terceira vez e disse-lhes:

J «Dormi agora e descansai...Chegou a hora:o Filho do homem vai ser entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos. Vamos. Já se aproxima aquele que Me vai entregar».

N Ainda Jesus estava a falar,quando apareceu Judas, um dos Doze,e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus,enviada pelos príncipes dos sacerdotes,pelos escribas e os anciãos. O traidor tinha-lhes dado este sinal:«Aquele que eu beijar, é esse mesmo. Prendei-O e levai-O bem seguro». Logo que chegou, aproximou-se de Jesus e beijou-O, dizendo:

R «Mestre».
N Então deitaram-Lhe as mãos e prenderam-n’O.Um dos presentes puxou da espadae feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. Jesus tomou a palavra e disse-lhes:

J «Vós saístes com espadas e varapaus para Me prender,como se fosse um salteador.Todos os dias Eu estava no meio de vós,a ensinar no templo,e não Me prendestes! Mas é para se cumprirem as Escrituras».

N Então os discípulos deixaram-n’O e fugiram todos.Seguiu-O um jovem, envolto apenas num lençol. Agarraram-no, mas ele, largando o lençol, fugiu nu.

N Levaram então Jesus à presença do sumo sacerdote,onde se reuniram todos os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas. Pedro, que O seguira de longe,até ao interior do palácio do sumo sacerdote, estava sentado com os guardas, a aquecer-se ao lume.Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para Lhe dar a morte,mas não o encontravam. Muitos testemunhavam falsamente contra Ele, mas os seus depoimentos não eram concordes. Levantaram-se então alguns, para proferir contra Ele este falso testemunho:

R «Ouvimo-l’O dizer:‘Destruirei este templo feito pelos homense em três dias construirei outroque não será feito pelos homens’».
N Mas nem assim o depoimento deles era concorde.Então o sumo sacerdote levantou-se no meio de todo se perguntou a Jesus:

R «Não respondes nada ao que eles depõem contra Ti?»

N Mas Jesus continuava calado e nada respondeu.O sumo sacerdote voltou a interrogá-l’O:

R «És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?»

N Jesus respondeu:
J «Eu Sou. E vós vereis o Filho do homemsentado à direita do Todo-poderosovir sobre as nuvens do céu».

N O sumo sacerdote rasgou as vestes e disse:
R «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfémia. Que vos parece?»
N Todos sentenciaram que Jesus era réu de morte. Depois, alguns começaram a cuspir-Lhe,a tapar-Lhe o rosto com um véue a dar-Lhe punhadas, dizendo:

R «Adivinha».
N E os guardas davam-Lhe bofetadas.Pedro estava em baixo, no pátio,quando chegou uma das criadas do sumo sacerdote. Ao vê-lo a aquecer-se, olhou-o de frente e disse-lhe:

R «Tu também estavas com Jesus, o Nazareno».

N Mas ele negou:

R «Não sei nem entendo o que dizes».

N Depois saiu para o vestíbulo e o galo cantou. A criada, vendo-o de novo, começou a dizer aos presentes:
R «Este é um deles».

N Mas ele negou segunda vez. Pouco depois, os presentes diziam também a Pedro:
R «Na verdade, tu és deles, pois também és galileu».

N Mas ele começou a dizer imprecações e a jurar:

R «Não conheço esse homem de quem falais».

N E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro lembrou-se do que Jesus lhe tinha dito:«Antes do galo cantar duas vezes,três vezes Me negarás».E desatou a chorar.

N Logo de manhã,os príncipes dos sacerdotes reuniram-se em conselhocom os anciãos e os escribas e todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus,foram entregá-l’O a Pilatos. Pilatos perguntou-Lhe:

R «Tu és o Rei dos judeus?»

N Jesus respondeu:J «É como dizes».

N E os príncipes dos sacertotes faziam muitas acusações contra Ele. Pilatos interrogou-O de novo:

R «Não respondes nada? Vê de quantas coisas Te acusam».

N Mas Jesus nada respondeu,de modo que Pilatos estava admirado.Pela festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha. Havia um, chamado Barrabás, preso com os insurretosque numa revolta tinham cometido um assassínio. A multidão, subindo, começou a pedir o que era costume conceder-lhes.Pilatos respondeu:

R «Quereis que vos solte o Rei dos judeus?»

N Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes

O tinham entregado por inveja.Entretanto, os príncipes dos sacerdotes incitaram a multidãoa pedir que lhes soltasse antes Barrabás.Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes:

R «Então que hei-de fazer d’Aqueleque chamais o Rei dos judeus?»

N Eles gritaram de novo:

R «Crucifica-O!»
N Pilatos insistiu:

R «Que mal fez Ele?»

N Mas eles gritaram ainda mais:

R «Crucifica-O!»

N Então Pilatos, querendo contentar a multidão,soltou-lhes Barrabáse, depois de ter mandado açoitar Jesus,entregou-O para ser crucificado.O s soldados levaram-n’O para dentro do palácio,que era o pretório,e convocaram toda a coorte.Revestiram-n’O com um manto de púrpurae puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-l’O:

R «Salve, Rei dos judeus!»

N Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele. Depois de O terem escarnecido,tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem.

N Requisitaram, para Lhe levar a cruz,um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do Calvário. Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-n’O.E repartiram entre si as suas vestes ,tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando O crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito:«Rei dos Judeus». Crucificaram com Ele dois salteadores,um à direita e outro à esquerda. Os que passavam insultavam-n’Oe abanavam a cabeça, dizendo:

R «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias,salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz».

N Os príncipes dos sacerdotes e os escribastroçavam uns com os outros, dizendo:

R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz,para nós vermos e acreditarmos».

N Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam.Quando chegou o meio-dia,as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde.E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:

J «Eloí, Eloí, lamá sabachtháni?»

N que quer dizer:«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?»

Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:

R «Está a chamar por Elias».

N Alguém correu a embeber uma esponja em vinagree, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse:

R «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali».

N Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus,ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou:

R «Na verdade, este homem era Filho de Deus».

N Estavam também ali umas mulheres a observar de longe,entre elas Maria Madalena,Maria, mãe de Tiago e de José, e Salomé, que acompanhavam e serviam Jesus,quando estava na Galileia,e muitas outras que tinham subido com Ele a Jerusalém. Ao cair da tarde__ visto ser a Preparação, isto é, a véspera do sábado __José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, foi corajosamente à presença de Pilatose pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado de Ele já estar morto e, mandando chamar o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido. Informado pelo centurião,ordenou que o corpo fosse entregue a José. José comprou um lençol, desceu o corpo de Jesus e envolveu-O no lençol; depois depositou-O num sepulcro escavado na rocha e rolou uma pedra para a entrada do sepulcro. Entretanto, Maria Madalena e Maria, mãe de José,observavam onde Jesus tinha sido depositado.

Palavra da salvação.