quinta-feira, novembro 27

98º aniversário da Paróquia do Senhor Bom Jesus













Dia 1º de dezembro a Paróquia do Senhor Bom Jesus comemora seu 98º aniversário.
Não teremos muitas festividades. As missas serão celebradas em Ação de Graças ao seu aniversário.
Neste final de semana, Padre Paulo comunicará a existência do novo Site da Paróquia em construção: http://www.paroquiamineiros.com.br/ , que substituirá este BLOG, e ainda, abrirá o concurso do Logotipo do Centenário da Paróquia em 2010.

Todos com habilidades artísticas, ou que se sintam com vontade de colaborar, estão convidados a participar.

O Valor do Natal



Como já está terminando o ano escolar, as crianças pedem um prêmio porque entregaram os boletins escolares e se qualificaram para a próxima série. Normalmente meus filhos pedem que eu lhes compre brinquedos ou coisas que os atraem, e normalmente eu não compro, não só porque às vezes excede o preço que posso pagar, mas também porque o deixo como um desafio para os filhos de que se eles realizam isso bem, então ganharão um prêmio.
Em um destes dias de muito calor eu ia de carro com meu filho do meio quando passamos em frente a uma sorveteria, e ele me pediu que lhe comprasse um sorvete porque terminaram as aulas. Um sorvete é o presente mais barato que alguém pode dar ao filho, e não necessita que se espere o fim das aulas para dá-lo. Porém me chamou a atenção a expressão de alegria no meu filho só porque eu aceitei a proposta.
Depois de eu lhe comprar o sorvete, ele me agradeceu e disse em voz alta: "Que férias legais vou ter dessa vez !". Me surpreendi com o que um simples sorvete podia fazer. E então pensei nos valores que inculcamos em nossos filhos para este Natal.
Será que nossos filhos gostam dos detalhes do Natal, preparar o presépio, pôr os enfeites, preparar o pasto para as ovelhas, fazer juntos em família o presépio, preparar a estrela de Belém com papéis brilhantes. Ou será que vamos em uma loja, compramos o presépio e mandamos a empregada colocar em um canto da casa, ou talvez o montemos sem grande interesse.


Fiquei surpresa ontem quando, na escola onde trabalho, ao preparar o painel para o final de ano, um aluno quis me ajudar, e diga-se de passagem que é um dos mais peraltas da escola. Mas isto não vem ao caso. Ele ficou fascinado em armar a árvore de Natal, em preparar o presépio no painel. Perguntei se ele ajudava sua mãe a preparar a árvore de Natal e, simplesmente, não me deu resposta. Fiquei imaginando como seria o Natal para essa criança, será que um dia alguém lhe falou sobre Jesus, sobre o significado dessa Festa tão bonita, tão colorida e iluminada? Talvez. Mas pude perceber seus olhinhos brilharem a cada laço que colocava na árvore. Talvez esse dia seja inesquecível na vida desse garoto. Talvez ele vá lembrar o resto de sua vida e eu farei parte dessa pequena parte de sua história.
Penso que se mostramos a nossos filhos, nossos alunos, o valor do Natal através desses pequenos detalhes, valorizarmos a cena de uma reunião familiar em toda Noite Feliz, pois se o Natal só serve para aplacar os pedidos de presentes das crianças, por mais carrinhos de brinquedo sofisticados que lhes compremos, estes não servirão para passar-lhes o verdadeiro espírito natalino.
Que lhes parece se em vez de superficialidades mostrarmos aos pequenos, e porque não aos adultos que convivem conosco, que o Natal é passar esse dia com o amor familiar, é perdoar, é alegria, é ter paz interior, é esperança de que o amanhã será melhor porque existe Jesus, porque realmente a mais de 2000 anos um pequeno menino nascido de uma virgem, casada com um carpinteiro chamado José, nasceu para nos salvar, para nos dar a oportunidade de sermos bons, de fazer as coisas bem, de sermos honestos, de sermos respeitosos e obedientes com nossos pais, de sermos carinhosos e agradáveis com os demais, de entregar um sorriso às pessoas que convivem conosco.
Isso e muitas coisas mais, podemos ensinar como sendo o valor de um Natal.




Advento
O Tempo do Advento é uma época para preparar com alegria e devoção o nascimento de Jesus Cristo.






Adaptado do site http://www.portal/ da família.org
escrito e adaptado por Ana Lúcia Felipe

quarta-feira, novembro 26

DOMINGO I DO ADVENTO



Leitura do Livro de Isaías (Is 63, 16b-17.19b; 64, 2b-7)
Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor, desde sempre, é o vosso nome.
Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema?
Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança. Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis! Ante a vossa face estremeceriam os montes!
Mas Vós descestes e perante a vossa face estremeceram os montes.
Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós, fizesse tanto em favor dos que n’Ele esperam.
Vós saís ao encontro dos que praticam a justiça e recordam os vossos caminhos.
Estais indignado contra nós, porque pecámos e há muito que somos rebeldes, mas seremos salvos.
Éramos todos como um ser impuro, as nossas acções justas eram todas como veste imunda. Todos nós caímos como folhas secas, as nossas faltas nos levavam como o vento.
Ninguém invocava o vosso nome, ninguém se levantava para se apoiar em Vós, porque nos tínheis escondido o vosso rosto e nos deixáveis à mercê das nossas faltas.
Vós, porém, Senhor, sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos.



Salmo 79 (80), 2ac e 3b. 15-16.18-19 (R. 4)
Pastor de Israel, escutai,Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder e vinde em nosso auxílio.
Deus dos Exércitos, vinde de novo,olhai dos céus e vede, visitai esta vinha
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós.
Estendei a mão sobre o homem que escolhestes,
sobre o filho do homem que para Vós criastes;
e não mais nos apartaremos de Vós:
fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
(1 Cor 1, 3-9)
Irmãos:
A graça e a paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Dou graças a Deus, em todo o tempo, a vosso respeito, pela graça divina que vos foi dada em Cristo Jesus.
Porque fostes enriquecidos em tudo: em toda a palavra e em todo o conhecimento; e deste modo, tornou-se firme em vós o testemunho de Cristo. De fato, já não vos falta nenhum dom da graça, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 13, 33-37)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
« Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento.
Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse.
Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir.
O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai! »

REFLEXÃO


No ano B seguiremos o Evangelho de Marcos.
O primeiro dos evangelhos escritos e fonte provável dos outros sinópticos.
Marcos não se propõe escrever um tratado de teologia mas comunicar alegremente a Boa Notícia de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus.
O núcleo desta Boa Notícia é o reino de Deus, que deve ser acolhido com uma atitude de conversão e de fé.
A sua mensagem teológica tem três centros: a boa nova, como marco global;o reino de Deus como conteúdo do anúncio de Jesus; e o próprio Jesus, como lugar de encontro com o reino.
O ponto de convergência é único: O encontro pessoal com Jesus.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento.




Não é uma chamada à angústia, é um convite à esperança, a revitalizar a fé.
Não sabemos a hora, mas sabemos que todas as horas são boas para nos abrirmosà Palavra e para comprometer a existência.
Deus tem a sua hora. Não tem pressa. Vem no seu momento. Talvez quando menos O espero e como menos O imagino. Pode ser que venha como alegria ou como dor, como luz ou como inquietude, como palavra ou como pão. Pode chegar quando trabalho ou quando descanso, quando estou só ou em companhia, quando O espero com ânsia ou quando menos O espero...


Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse.



A nossa vida é um talento confiado, uma tarefa atribuída. É comprometer-nos com o presente, com perspectiva de plenitude e eternidade, com o olhar posto em Jesus.Como espero o Senhor em cada dia? Quer ser esperado com as portas abertas, com mãos trabalhadoras, olhos limpos e abertos, ouvidos atentos e coração expectante e cheio de ternura.
O medo, a angústia, a ansiedade, a desconfiança, não são atitudes adequadas para O esperar.

Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha;


Vigiar é escutar o que o coração me diz. Escutar o latido da vida, das pessoas que estão a meu lado, dos acontecimentos de cada dia. Palpar as coisas, as situações, as pessoas que me interrogam. Confiar que na provação e na dor Deus não desapareceu. Crer que Deus me sussurra a sua presença e proximidade. Vigiar é desejar Deus, esperá-l’O, abrir os olhos a tudo o que me rodeia. Viver cada dia em plenitude.

Não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir.

A tentação pode ser estar adormecidos inclusive pela nossa fé: adormecermos sobre uma vida cristã que consideramos adquirida de uma vez por todas.É necessário estar despertos. Despertos, mas a sonhar. O Advento oferece-nos uma nova oportunidade. Hoje voltamos a sonhar. Esquece o conformismo, o costume e a rotina. Sê pessoa positiva, criativa, criadora, alegre...O que é que me adormece? De que me tenho que despertar?.





Jesus amplia o grupo dos seus destinatários, dirige-Se aos seus seguidores e seguidoras de todos os tempos.
Quem escuta a mensagem de Jesus e se deixa interpelar sinceramente pela sua palavra é fácil que sinta um chamamento a despertar, uma força capaz de humanizar, libertar, dar sentido e alegria à sua vida e à dos outros.


Chega de dia, chega de noite.
Espera-se pela porta, chega pela janela.
Procuramo-l’O com alegria, chega com a sua cruz.
Estamos de guarda, chama-nos de dentro.
Seguimos pistas, mas Ele chega por novos trilhos.
Chega quando triunfamos e nos acompanha nos fracassos.
Chega quando é desejado e apresenta-Se quando não se espera.
Chega no silêncio e no áspero e abrasador vento.
Chega também na multidão e no ruído.
Chega através de todas as caras que encontramos ao longo do dia no nosso caminho.
Chega a cada instante.
Chega em cada lugar.
Ali onde estamos, ele está.
Fiel à tua palavra
já estás à nossa espera.
Ulibarri Fl.

GESTO PARA O INÍCIO DO ADVENTO.




Com o 1º Domingo do Advento, começa o ano litúrgico. Para os cristãos, é esta a altura propícia para se desejar um bom ano. O 1º Domingo do Advento é o momento oportuno para apresentar o desenrolar de um ciclo litúrgico no seu conjunto. Descobrir este caminho de oração, comum aos católicos do mundo inteiro, permite falar também da importância da prática regular. É tempo para tomar boas resoluções para o novo ano, o ano litúrgico.


A liturgia do primeiro Domingo do Advento convida-nos a equacionar a nossa caminhada pela história à luz da certeza de que “o Senhor vem”. Apresenta também aos crentes indicações concretas acerca da forma devem viver esse tempo de espera.
A primeira leitura é um apelo dramático a Jahwéh, o Deus que é “pai” e “redentor”, no sentido de vir mais uma vez ao encontro de Israel para o libertar do pecado e para recriar um Povo de coração novo. O profeta não tem dúvidas: a essência de Deus é amor e misericórdia; essas “qualidades” de Deus são a garantia da sua intervenção salvadora em cada passo da caminhada histórica do Povo de Deus.
O Evangelho convida os discípulos a enfrentar a história com coragem, determinação e esperança, animados pela certeza de que “o Senhor vem”. Ensina, ainda, que esse tempo de espera deve ser um tempo de “vigilância” – isto é, um tempo de compromisso activo e efectivo com a construção do Reino.
A segunda leitura mostra como Deus se faz presente na história e na vida de uma comunidade crente, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu Povo. Sugere também aos crentes que se mantenham atentos e vigilantes, a fim de acolherem os dons de Deus.

domingo, novembro 23

"O REI DOS REIS"




FESTA DE CRISTO REI - Ano A - Cor Branca


“Senhor Jesus Cristo Rei do Universo! Louvor e glória a Deus!”




Em nossos dias as pessoas estão cada vez mais conscientes das responsabilidades e do domínio sobre o mundo. O desafio está em compreender que sem Jesus nada podemos fazer. Cabe ao cristão, convivendo com as demais pessoas, testemunhar a união íntima que existe entre a realidade humana e a fé viva em Jesus Cristo. Na obediência até a morte e morte de cruz, ao colocar em prática as bem-aventuranças, entrando na corrente universal do amor, devemos trabalhar diretamente para que a inteligência e a técnica reconheçam Aquele que é o Senhor de todas as coisas. Lembrando sempre que, apesar do pecado, temos condições de buscar a misericórdia, dominar e não destruir o planeta, sempre fiel e submisso ao Imortal e Rei Nosso Senhor. No mundo presente possuímos cargos e nos fazemos autoridades, porém ocupações passageiras, pois quem reina é Ele, ao qual sejam dadas a honra e a glória para sempre. Jubilosamente, entoemos o cânticos ao Senhor!
PRIMEIRA LEITURA (Ez 34, 11-12. 15-17): -


"Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar!"
SALMO RESPONSORIAL Sl 23(22): -


"O Senhor é o Pastor que me conduz, não me falta coisa alguma!"
SEGUNDA LEITURA (1 Cor 15, 20-26.28): -


"Na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram."
EVANGELHO (Mt 25,31-46): -


"Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!"




31 Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; 32 e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; 33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. 34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; 35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; 36 estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. 37 Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? 38 Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? 39 Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? 40 E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. 41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; 42 porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; 43 era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. 44 Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? 45 Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. 46 E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.





Fonte: Catholic.net

A festa de Cristo Rei é uma das festas mais importantes do calendário litúrgico, porque celebramos que Cristo é o Rei do universo. Seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, dor amor e da paz. A festa de Cristo Rei foi instaurada pelo Papa XI em 11 de março de 1925. Com esta festa o Papa quis motivar os católicos a reconhecer em publico que o mandatário da Igreja é Cristo Rei.Ao encerrar o ano litúrgico com esta festa queremos ressaltar a importância de Cristo como centro de toda a história universal. É o alfa e o ômega, o principio e o fim. Cristo reina nas pessoas com sua mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, isto é, para sempre e para todos os homens e mulheres.A festa de Cristo Rei tem um sentido escatológico, pois celebramos Cristo como Rei de todo o universo. Sabemos que o Reino de Cristo já começou, pois Cristo se fez presente na terra a partir da sua vinda ao mundo a mais de dois mil anos, porem Cristo não reinará definitivamente sobre todos os homens até que volte ao mundo com toda a sua glória ao final dos tempos, na Parúsia.Se quisermos conhecer o que Jesus nos antecipou desse grande dia, podemos ler o Evangelho de Mateus 25, 31-46. Na festa de Cristo Rei celebra-se que Cristo começa a reinar em nossos corações no momento em que nós permitimos, e assim o Reino de Deus pode fazer-se presente em nossa vida. Desta forma vamos instaurando desde agora o Reino de Cristo em nós mesmos e em nossos lares, em nosso emprego e nos ambiente que freqüentamos. Jesus nos fala das características do seu Reino através de varias parábolas no capitulo 13 de Mateus:
O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou, e semeou no seu campo; o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.
O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.
O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobrí-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes. E, quando cheia, puxaram-na para a praia; e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora.
Nestas parábolas, Jesus nos faz ver claramente que vale a pela buscá-lo e encontra-lo. Que viver o Reino de Deus vale mais que todos os tesouros da terra e que seu crescimento será discreto. A Igreja tem a incumbência de pregar e fazer crescer o reinado de Jesus Cristo entre os homens. Sua pregação e crescimento deve ser o centro de nossa vida como membros da Igreja. Trata-se de fazer com que Jesus Cristo reine no coração dos homens, no centro dos lugares, nas sociedades e nos povos. Com isto conseguiremos alcançar um mundo novo no qual reine o amor, a paz e a justiça e salvação eterna de todos os homens.Para conseguir que Jesus reine em nossa vida, em primeiro lugar devemos conhecer Cristo. A leitura e reflexão do Evangelho, a oração pessoal e os sacramentos são os meios para conhecê-lo e dos quais se recebe graças que vão abrindo nossos corações a seu amor. Devemos nos aproximar da Eucaristia, de Deus, para receber sua abundancia. Oremos com profundidade escutando o Cristo que nos fala.O terceiro passo e imitar Jesus Cristo. O amor nos levará, quase sem nós darmos conta, a pensar como Cristo, querer como Cristo e a sentir como Cristo, vivendo uma vida de verdadeira caridade e autenticidade cristã. Quando imitamos Cristo o conhecemos e o amamos, então podemos experimentar que o Reino de Cristo já começou em nós. Por ultimo, o compromisso apostólico que consiste em levar nosso amor a ação de estender o Reino de Cristo a todas as almas por meio de trabalhos concretos de apostolado. Nós não podemos nos deter. Nosso amor começará a se multiplicar. Dedicar nossa vida para aumentar o Reino de Cristo na terra é o melhor que podemos fazer, pois Cristo nos premiará com uma alegria, com uma paz profunda e imperturbável em todas as situações da vida. Ao longo da história há inumeráveis testemunhos de cristãos que deram a vida por Cristo como o Rei de suas vidas. Um exemplo são os mártires da guerra cristã no México nos anos 20, que por defender sua fé, foram perseguidos e morreram gritando “Viva Cristo Rei!”. A festa de Cristo Rei, ao finalizar o ano litúrgico é uma oportunidade de imitar estes mártires proclamando publicamente que Cristo é o Rei de nossas vidas, o Rei dos reis, o Principio e o Fim de todo o Universo.

domingo, novembro 16

RESPOSTA DE JESUS QUANDO  ORAMOS O PAI-NOSSO



Filho meu que estás na Terra, preocupado, confundido, desorientado,solitário, triste, angustiado... Eu conheço perfeitamente teu nome, e o pronuncio abençoando-te porque te amo.

Não!.. Não estás sozinho, porque eu habito em ti;
juntos construiremos este Reino, do qual serás meu herdeiro.
Desejo que sempre faças minha vontade,
porque minha vontade é que sejas feliz.


Deves saber que contas sempre comigo porque nunca te abandonarei e que terás o pão para hoje. Não te preocupes. Só te peço que sempre o compartilhes com teu próximo... com teus irmãos.
Deves saber que sempre perdôo todas tuas ofensas, antes, inclusive, e que as cometas, ainda sabendo que as farás, por isso te peço que faças o mesmo com os que te ofendem.
Desejo que nunca caias em tentação, por isso segure bem forte a minha mão esempre confie em mim e eu te libertarei do mal.



Recorde e nunca te esqueças que TE AMO desde o início de teus dias,

e te amarei até o fim dos mesmos...



EU TE AMAREI SEMPRE PORQUE SOU TEU PAI!

Que Minha Bênção fique contigo e que meu Eterno Amor e Paz te cubram sempreporque no mundo não poderá obtê-las como Eu somente as dou porque...


EU SOU O AMOR E A PAZ!

sábado, novembro 15


Em breve Site da Paróquia
Pretendemos deixá-lo aberto às visitações, provavelmente
nos 98 anos da Nossa Paróquia 1º/12


Crianças da catequese - 4ª etapa visitam Águas de São Pedro

Neste feriado da Proclamação da República, como de costume de todos os anos, os catequistas da 4ª Etapa, levaram as crianças para Águas de São Pedro, onde todos puderam se divertir, confraternizar e passar um dia diferente.
As crianças se divertiram muito, muitos deles nunca saíram para uma cidade de fora e ficaram maravilhados com a euforia de uma cidade turística.

Os dois ônibus que levaram a excursão


Antes da saída, Padre Paulo dá a bênção para protenção na viagem

Momento de conhecer a cidade - passeio de trenzinho.









Os catequistas Celso / Érica e Eliana em passeio no trenzinho

Almoço: catequistas, amigos, Padre Paulo


Padre Paulo se divertiu com a energia das crianças


Águas de São Pedro é fruto do encontro das águas minerais com Octavio Moura Andrade que se dispôs a criar uma nova cidade para que este elemento de cura fosse colocado à disposição dos homens. Portanto, tudo o que aqui existe é conseqüência de minucioso planejamento e de sua decisão de realizar.

Curiosidades sobre Águas de São Pedro


É o menor Município do Brasil (fonte IBGE).
Segunda água do Mundo e primeira das Américas em teor de sais de enxofre (fonte IPT).
É a 1a. Estância em Qualidade e Condição de Vida do Brasil (fonte IBGE/FIPE).
É a 1a cidade em número de telefones por habitantes do Estado de São Paulo (fonte Jornal O Estado de São Paulo).
A densidade de telefonia fixa a cada 100 habitantes no município chega a 109,3 (mais telefones fixos do que habitantes fixos), a título de comparação a maior média da América Latina é a do Estado de São Paulo que atinge 33,2. Na questão do telefone público por 1000/habitantes, São Paulo seria o líder mundial com 8,9 TUP/1000 hab não fosse Águas de São Pedro atingir 82,9 TUP/1000 hab, ou seja, quase 10 vezes mais.
O transporte coletivo é municipal e gratuito.
Entre praças, jardins, áreas comuns, bosque e vales a Prefeitura detém como propriedade municipal 65%, um dos fatores que mais oneram seu orçamento.
Não existe indústria.
Não possui zona Rural.

Em Educação, é a cidade que oferece melhor índice de ensino na região, existem 21 salas de aulas.
A coleta de lixo é feita diariamente.
Faz limite territorial somente com o Município de São Pedro.
Sua economia é voltada exclusivamente para o TURISMO.


Propriedade das Águas
Fonte Almeida Salles:Alcalino-Ferrosa Cálcica, Indicada no tratamento de azia, excesso de acidez gástrica, diabetes.
Fonte Gioconda:Alcalino-Bicarbonatada, Indicada no tratamento de males do fígado, vesícula biliar e intestinos.
Fonte Juventude:Água Sulfurosa, Indicada no tratamento de reumatismo, diabete, alergia, asma, colites, moléstia da pele, intoxicação e inflamação. 1ª água das Américas e a 2ª do mundo em teor de sais de enxofre.



Fonte: Prefeitura Municipal de Águas de São Pedro
http://www.livrespaco.com/aguas.htm


33º Domingo Comum (16.11.08)



A parábola dos talentos

O evangelho deste domingo é a parábola dos talentos. Infelizmente, no passado, o significado desta parábola foi habitualmente confundido, ou pelo menos muito reduzido. Quando escutamos falar dos talentos, pensamos imediatamente nos dons naturais de inteligência, beleza, força, capacidades artísticas. A metáfora é usada para falar de atores, cantores, comediantes... O uso não é totalmente equivocado, mas sim secundário. Jesus não pretendia falar da obrigação de desenvolver os dons naturais de cada um, mas de fazer frutificar os dons espirituais recebidos dele. A desenvolver os dotes naturais já nos impulsiona a natureza, a ambição, a sede de lucro. Às vezes, ao contrário, é necessário frear esta tendência de fazer valer os próprios talentos, porque pode converter-se facilmente em afã por fazer carreira e por impor-se sobre os demais.
Os talentos dos quais Jesus fala são a Palavra de Deus, a fé, ou seja, o Reino que Ele anunciou. Neste sentido, a parábola dos talentos se conecta com a do semeador. À sorte diferente da semente que ele lançou – que em alguns casos produz sessenta por cento; em outras, ao contrário, fica entre os espinhos, ou são comidas pelos pássaros do céu –, corresponde aqui o diferente lucro realizado com os talentos.
Os talentos são, para nós, cristãos de hoje, a fé e os sacramentos que recebemos. A palavra nos obriga a fazer um exame de consciência: que uso estamos fazendo destes talentos? Nós nos parecemos com o servo que os faz frutificar ou com o que os enterra? Para muitos, o próprio batismo é verdadeiramente um talento enterrado. Eu o comparo a um presente que se recebeu de Natal e que foi esquecido num lugar, sem nunca tê-lo aberto ou jogado fora.
Os frutos dos talentos naturais acabam conosco ou, quando muito, passam aos herdeiros; os frutos dos talentos espirituais nos seguem à vida eterna e um dia nos valerão a aprovação do Juiz divino: «Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, e por isso eu te darei autoridade sobre o muito: toma parte no gozo de teu senhor».
Nosso dever humano e cristão não é só desenvolver nossos talentos naturais e espirituais, mas também de ajudar os demais a desenvolverem os seus. No mundo moderno existe uma profissão que se chama, em inglês, talent-scout, descobridor de talentos. São pessoas que sabem encontrar talentos ocultos – de pintor, cantor, ator, jogador de futebol – e os ajudam a cultivar seu talento e a encontrar um patrocinador. Não o fazem de graça, naturalmente, nem por hobby, mas para ter uma porcentagem em seus lucros, uma vez que se afirmaram.
O Evangelho nos convida a ser talent-scout, «descobridores de talentos», mas não por amor ao lucro, e sim para ajudar quem não tem a possibilidade de afirmar-se sozinho. A humanidade deve alguns de seus melhores gênios ou artistas ao altruísmo de uma pessoa amiga que acreditou neles e os animou, quando ninguém acreditava neles. Um caso exemplar que me vem à mente é o de Theo Van Gogh, que sustentou toda a vida, econômica e moralmente, do seu irmão Vincent, quando ninguém acreditava nele e não conseguia vender nenhum de seus quadros. Eles trocaram mais de seiscentas cartas, que são um documento de altíssima humanidade e espiritualidade. Sem ele não teríamos hoje esses quadros que todos amamos e admiramos.
A primeira leitura do domingo nos convida a deter-nos em um talento em particular, que é ao mesmo tempo natural e espiritual: o talento da feminilidade, o talento de ser mulher. Contém, de fato, o conhecido elogio da mulher que começa com as palavras: «Uma mulher completa, quem a encontrará?». Este elogio, tão belo, tem um defeito, que não depende obviamente da Bíblia, mas da época na qual foi escrito e da cultura que reflete. Se prestarmos atenção, descobriremos que este talento está inteiramente em função do homem. Sua conclusão é: bendito o homem que tem uma mulher assim. Ela lhe tece maravilhosas vestes, honra a sua casa, permite-lhe caminhar com a cabeça levantada entre seus amigos. Não creio que as mulheres de hoje gostem deste elogio.
Deixando de lado este limite, quero sublinhar a atualidade deste elogio da mulher. Desde todas os lugares surge a exigência de dar mais espaço à mulher, de valorizar o gênio feminino. Nós não cremos que «o eterno feminino nos salvará». A experiência cotidiana mostra que a mulher pode «elevar-nos ao alto, mas também pode precipitar-nos para baixo. Também ela precisa ser salva por Cristo. Mas é certo que, uma vez redimida por Ele e «libertada», no campo humano, das antigas sujeições, ela pode contribuir para salvar nossa sociedade de alguns males crônicos que a ameaçam: violência, vontade de poder, aridez espiritual, desprezo pela vida...
Depois de tantas épocas que adotaram o nome do homem – a era do homo erectus, homo faber, até o homo sapiens, de hoje –, deve-se augurar que se abra finalmente, para a humanidade inteira, uma era da mulher: uma era do coração, da ternura, da compaixão. Foi o culto a Nossa Senhora que inspirou, nos séculos passados, o respeito pela mulher e sua idealização em boa parte da literatura e da arte. Também a mulher de hoje pode ser olhada como modelo, amiga e aliada na hora de defender sua própria dignidade e o talento de ser mulher.
[Tradução: Élison Santos. Revisão: Aline Banchieri]

domingo, novembro 9

Noticias


Bento XVI pede empenho contra anti-semitismo ao lembrar "Noite dos Cristais"
Data: 9/11/2008
Cidade do Vaticano, 09 nov (SIR) - O papa Bento XVI pediu "empenho em todos os níveis contra qualquer forma de anti-semitismo e discriminação", ao lembrar hoje os 70 anos da "Noite dos Cristais" ("Kristallnacht"), que deu início à deportação dos judeus pelas tropas nazistas. Antes da reza do Ângelus, o papa disse que ainda sente "dor" quando lembra este episódio, e defendeu que "estes horrores não voltem a se repetir". Para isso, pediu empenho "em todos os níveis contra qualquer forma de anti-semitismo e discriminação", começando por ensinar, "principalmente às novas gerações, o respeito recíproco e a amparada". Após seu apelo, o papa convidou "a rezar por aquelas vítimas" e mostrou sua "profunda solidariedade" a todo o povo judeu. Em 9 de novembro de 1938, milhares de estabelecimentos, sinagogas, cemitérios e casas de cidadãos judeus foram destruídos na Áustria e na Alemanha durante a noite que ficou conhecida como "Noite dos Cristais", em referência aos cacos de vidros causados pela quebra de vitrines e janelas. Naquela mesma noite, 30 mil judeus foram detidos pelas SS e enviados a campos de concentração, e 91 foram assassinados. Além disso, Bento XVI denunciou hoje "os sanguinários confrontos e sistemáticas atrocidades" cometidos na província de Kivu Norte, na República Democrática do Congo (RDC), e fez uma chamada para que todas as partes colaborem a fim de devolver a paz ao país. "Renovo minha firme chamada para que todos colaborem na tarefa de devolver a paz a esta terra castigada durante tanto tempo, respeitando a legalidade e, principalmente, a dignidade das pessoas", disse o papa, durante o Ângelus. O papa citou os confrontos entre as tropas rebeldes e o Exército da RDC, que estão "provocando várias vítimas entre civis inocentes, destruições, saques e violências, que obrigaram milhares de pessoas a abandonar o pouco que tinham para sobreviver". Lembrou também que calcula-se que a crise provocou cerca de 1,5 milhão de refugiados, expressou sua proximidade a todas as vítimas deste conflito, e incentivou as pessoas que trabalham para aliviar o sofrimento, entre eles os voluntários da Igreja local.


Bento XVI: Papa Pio XII foi um dom excepcional do Senhor à sua Igreja
Data: 9/11/2008
Cidade do Vaticano, 09 nov (SIR) - O papa recebeu ontem, sábado, na Sala Clementina, 250 participantes do Congresso sobre a "Herança do Magistério de Pio XII e o Concílio Vaticano II", promovido pela Pontifícia Universidade Lateranense e pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Nos últimos anos, disse o papa, quando se falou de Pio XII a atenção se concentrou de modo excessivo em uma única problemática, que além do mais foi tratada de maneira unilateral. Isso impediu uma análise adequada de uma figura de grande envergadura histórica e teológica, como foi o Papa Pio XII. De fato, o seu magistério se qualifica pela sua vasta e benéfica amplitude, também por sua excepcional qualidade. Exemplos disso são as encíclicas que escreveu, mais de 40, assim como os inúmeros discursos e radiomensagens. Os meios de comunicação social receberam uma atenção especial por parte de Pio XII, pois começavam a influenciar a opinião pública de modo sempre mais incisivo, e destacou o dever dos jornalistas de fornecer informações verdadeiras e respeitosas das normas morais. A mesma atenção dispensou às ciências e aos seus extraordinários progressos. O papa citou como exemplo o discurso que Pio XII pronunciou quando foi anunciada a divisão dos átomos. "Com extraordinária visão, Pio XII advertiu acerca da necessidade de impedir a todo custo que esses geniais progressos científicos fossem utilizados para a construção de armas mortais, que poderiam provocar catástrofes imanes e até mesmo a total destruição da humanidade". Não se pode deixar de mencionar ainda o ensinamento mariológico de Pio XII, que teve seu ápice na proclamação do dogma da Assunção de Maria Santíssima. Pio XII, destacou Bento XVI, era contrário às improvisações: escrevia com o máximo cuidado os seus discursos, avaliando cada frase e cada palavra antes de pronunciá-la em público. Todos reconhecem que Pio XII tinha uma inteligência fora do comum, uma memória extraordinária, uma familiaridade singular com as línguas estrangeiras e uma notável sensibilidade. "Tudo isso é verdade, mas não explica tudo", disse o papa. No caso de Pio XII, tudo nascia do amor pelo Senhor Jesus Cristo e do amor pela Igreja e pela humanidade. Antes de tudo, ele era um sacerdote em constante e íntima união com Deus. "Não deve impressionar, portanto, que o seu ensinamento continue hoje a irradiar luz na Igreja", comentou ainda Bento XVI. Passaram-se 50 anos da sua morte, mas o seu e fecundo magistério permanece também hoje um valor inestimável para os cristãos. Com exceção da Sagrada Escritura, este é o Papa mais citado nos documentos conciliares. Bento XVI concluiu: "Na pessoa do Sumo Pontífice Pio XII, o Senhor fez à sua Igreja um dom excepcional, pelo qual todos nós devemos agradecer-Lhe".

sábado, novembro 8

DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL (2008 – 2010)

Tema abordado no encontro de catequistas no último dia 26/10/08 pelo Padre Paulo H. Facin


OBJETIVO GERAL
EVANGELIZAR A PARTIR DO ENCONTRO COM JESUS CRISTO, COMO DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS, À LUZ DA EVANGÉLICA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES, PROMOVENDO A DIGNIDADE DA PESSOA, RENOVANDO A COMUNIDADE, PARTICIPANDO DA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA E SOLIDÁRIA, “PARA QUE TODOS TENHAM VIDA E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA” (Jo 10,10).


Vida plena para todos
As Diretrizes da Ação Evangelizadora estão no espírito da Conferência de Aparecida. A Igreja é chamada a proclamar a mensagem do Evangelho para que os povos tenham vida e a tenham em abundância.
A missão de Jesus Cristo consistiu em levar à humanidade esta vida em palavras e em ações. As condições de vida em sua miséria e dor contradizem o projeto do Pai e desafiam os cristãos. A evangelização é tarefa de todos os fiéis, em virtude de seu batismo; faz parte integrante da identidade cristã.


Horizonte das Diretrizes da Ação Evangelizadora
Dentro do método - VER, JULGAR, AGIR:
1º) VER: A realidade na atual sociedade brasileira de cunho cultural, social, econômico, político, ético e religioso.
2º) JULGAR: Uma iluminação teológica explicita as quatro exigências intrínsecas da evangelização, através do tríplice múnus: da Palavra, da Liturgia e da Caridade.
3º) AGIR: As pistas de ação pastoral em nível da pessoa, comunidade e sociedade.
No último capítulo, veremos a Missão Continental em nosso País – “Ai de mim se eu não evangelizar”.
VER
A realidade nos interpela
Faremos um olhar sobre a realidade brasileira em meio a luzes e sombras. As grandes mudanças desafiam-nos a discernir os ‘sinais dos tempos’ à luz do Espírito Santo, a serviço do Reino.
Aproveitamos a contribuição das ciências sociais e humanas, ao conhecer melhor a realidade e clarear suas causas. Essas transformações têm alcance global. Um fator determinante dessas mudanças é a ciência e a tecnologia.
Os discípulos missionários procuram ver como este fenômeno afeta a vida, o sentido religioso e ético de nossos irmãos.
Situação Sócio-Cultural
O contexto sócio-cultural comprova o fenômeno de uma crescente fragmentação dos referenciais de sentido e relativização dos valores. Gera critérios parciais nas realidades da vida, nas opções religiosas e nos relacionamentos pessoais.
Esses critérios parciais, não conseguindo oferecer um significado adequado a toda a realidade, geram uma crise de sentido.
Levam as pessoas a sentirem-se frustradas pela dificuldade em influir nos acontecimentos.
No campo cultural, prevalece, na opinião pública, a impressão de desencanto, inclusive nos países ricos, os mais beneficiados pela globalização.
Busca de uma satisfação imediata
A globalização provocou um aumento sensível de riscos: possíveis desastres químicos e atômicos, catástrofes climáticas e ecológicas, conseqüência da intervenção humana agressiva ao meio ambiente. Diante das incertezas e do risco, as pessoas buscam satisfação imediata.
A sociedade mantém aceso o desejo desenfreado de consumo. As novas gerações são as mais afetadas em suas aspirações pessoais por essa cultura do consumo. Afirmam o presente porque o passado perdeu relevância. Para elas, o futuro é incerto. Participam da lógica da vida como espetáculo, considerando o corpo como referência de sua realidade presente.
Novos tipos de relacionamento
A passagem da agricultura para a indústria concentrou nas cidades a população. O crescimento dos meios de comunicação de massa levou a cidade a difundir padrões culturais nas regiões rurais. A grande cidade favorece o contato com uma pluralidade de expressões culturais. Multiplica as possibilidades de escolha, constrói a sua própria identidade.
Diante do perigo da massificação, o indivíduo tem na família um apoio fundamental, embora mais frágil e exposta a rupturas.
Além da família, o indivíduo procura novos relacionamentos, a partir de sua escolha, por afinidade de interesses.
Entre as experiências, marcadas por afinidades emocionais, estão as comunidades e os movimentos religiosos.
Situação Econômica
A face de maior êxito da globalização é sua dimensão econômica que se sobrepõe às outras dimensões da vida humana. A dinâmica do mercado absolutiza a eficácia e a produtividade como valores reguladores das relações humanas liberal, conduzidos por uma ideologia do lucro que estimula a concorrência.
Localizamos aí os rostos concretos de antigas e novas pobrezas: moradores de rua, migrantes, dependentes de substâncias químicas, mulheres excluídas por questões de gênero, etnia e situação sócio-econômica; crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Os novos pobres são descartáveis.
Outra mudança sócio-econômica é o desemprego estrutural. O fenômeno do desemprego estrutural atinge a vida e a dignidade de milhões de pessoas, a começar pelos jovens.
Situação Sócio-Política
O enfraquecimento da política decorre das mudanças culturais, do crescimento do poder dos grandes grupos econômicos, impondo suas decisões e substituindo as instâncias políticas, com riscos para a democracia. Houve diminuição da confiança do povo nos políticos, nas instituições públicas e nos três poderes do Estado.
Em contrapartida, surgiram novos sinais de esperança e de empenho político: organizações alternativas; movimentos sociais, sem vinculação partidária, para defender seus direitos.
No entanto, cresce a banalização da vida: a manipulação de embriões, homicídios por motivos banais...
A Ecologia
A rica biodiversidade do Brasil, com seus biomas, tem suscitado cobiça internacional. Intensificam-se a devastação ambiental da Amazônia e as agressões à dignidade e à cultura dos povos indígenas. O acervo de conhecimentos tradicionais tem sido objeto de apropriação intelectual ilícita, sendo patenteados por indústrias farmacêuticas e de biogenética.
Isso é conseqüência de um modelo de desenvolvimento econômico, que privilegia o mercado financeiro e prioriza o agro-negócio. As grandes indústrias extrativistas e a agro-indústria nem sempre respeitam os direitos das populações locais.
A Situação Religiosa
A mentalidade individualista alastra-se também no campo religioso. O indivíduo escolhe sua religião num contexto pluralista.
Aderindo a uma instituição religiosa, ele tende a escolher crenças, ritos e normas que lhe agradam subjetivamente. Constrói sua religião pessoal com fragmentos e práticas de várias religiões. Cresce a atração por práticas esotéricas, afetando a fé cristã.
Uma crescente tendência em setores da sociedade admite a prática religiosa apenas na esfera privada, em base a uma sociedade laicista, criticando as manifestações da Igreja sobretudo em matéria de moral.
Tendências religiosas no Brasil
Essas tendências, no Brasil, apareceram no Censo 2000. Evidenciam a diversidade das situações regionais. Os principais dados:
Diminuição dos católicos: 83,3% (1991) para 73,9% (2000);
Aumento dos evangélicos, de 9,0% (1991) para 15,6% (2000);
Aumento dos “sem religião”, passando de 4,7% da população (1991) para 7,4% (2000), ou de 7 para 12,5 milhões.
Pesquisas recentes do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas, avaliadas com discernimento, apontam para uma “modernização” dos hábitos dos brasileiros e para um crescimento do individualismo e do subjetivismo mas mostram a religiosidade ainda alta. Não obstante, devemos reconhecer a existência de pessoas que se dizem atéias.


JULGAR
Discípulos Missionários em uma Igreja em estado permanente de Missão
Comunidade Missionária: Ao acolher a pessoa de Jesus Cristo, pela fé, o cristão se une a ele e entra em comunhão com o Pai e o Espírito Santo. A comunhão com a Santíssima Trindade é o fundamento da comunhão na Igreja, e da missão no mundo.
A Igreja evangeliza como comunidade de amor. Atrai seus membros para viver o amor fraterno e os interpela a participar da “aventura da fé”. A Igreja é a “casa e escola de comunhão”. Constitui uma unidade orgânica com diversidade de carismas e serviços, animada por uma espiritualidade de comunhão missionária.
As Exigências e os Âmbitos da Evangelização
As atuais Diretrizes da evangelização ressaltam como exigências intrínsecas: o serviço, o diálogo, o anúncio e o testemunho de comunhão.
O evangelizador se põe a serviço do dinamismo da humanização, da reconciliação e da inserção social. Este serviço pressupõe o conhecimento de concepções de vida, dos problemas existenciais, dos anseios e frustrações, das alegrias e tristezas. Isto exige escuta e diálogo sobre o sentido da existência, a fé em Deus e a oração. Neste diálogo será possível esclarecer as razões da nossa esperança e chegar ao anúncio do Evangelho. Da fé em Jesus Cristo nasce a comunidade, chamada a dar o testemunho da comunhão.
Vocação e Missão dos Discípulos Missionários
O discípulo é chamado por Jesus Cristo para com Ele conviver, participar de sua Vida, unir-se à sua Pessoa e aderir à sua missão. Assume “o estilo de vida do próprio Jesus”: amor incondicional, solidário, acolhedor até a doação da própria vida; assim compartilha do destino do Mestre. Todo discípulo é missionário. O encontro pessoal com Jesus Cristo impulsiona a promover o Reino da Vida, que diz respeito à totalidade da existência - a dimensão pessoal, familiar, social e cultural.
A salvação de Jesus Cristo deve atingir as relações sociais, envolve a promoção humana e a autêntica libertação. Logo, o encontro com Jesus Cristo nos pobres é uma dimensão constitutiva de nossa fé em Jesus Cristo.
A missão segundo o tríplice múnus
A Igreja oferece o acesso à Palavra de Deus, à celebração da Eucaristia, e cuida da caridade fraterna, através dos ministérios: da Palavra, da Liturgia e da Caridade.
Exigências do Ministério da Palavra
A proclamação da Palavra de Deus pela Igreja é decisiva.
O poder do Espírito e da Palavra contagiam as pessoas e as levam a escutar a Jesus Cristo, a crer n’Ele. O anúncio e a acolhida da Palavra são fundamentais para a vida e a missão da Igreja. Os pastores se empenhem para que a Palavra seja anunciada, com homilias bem preparadas.
Faz-se necessária uma pastoral bíblica para uma evangelização inculturada. O ministério da Palavra exige o ministério da catequese. As famílias estão despreparadas para assumir a responsabilidade da educação da fé. A importância da catequese não se limita às crianças e aos jovens. As universidades católicas promovam o diálogo entre fé e razão, fé e cultura e o conhecimento da Doutrina Social da Igreja.
Ministério da Liturgia
A Liturgia: a celebração do mistério pascal de Cristo e da história da salvação. Ela é ação ritual, com sinais e palavras.
Pelo batismo, as pessoas aderem a Cristo e as insere na comunidade cristã. Pela confirmação, o cristão é imbuído do Espírito para viver o compromisso da fé. Pela eucaristia, a Igreja celebra o memorial da morte e ressurreição de Cristo. Pela penitência-reconciliação, a Igreja celebra o amor misericordioso do Pai que perdoa. Pela unção dos enfermos, a Igreja se une ao sofrimento dos doentes e idosos. Pelo sacramento da ordem, o Espírito constitui os ministérios ordenados a serviço do sacerdócio comum. Pelo sacramento do matrimônio, a Igreja celebra o amor de Deus pela humanidade e a entrega de Cristo por sua esposa, a Igreja.


Ministério da Caridade
O centro da vida cristã é o amor-doação. Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. O distintivo dos cristãos: “Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”. A opção pelos pobres, implícita na fé cristológica, deverá atravessar as prioridades pastorais.
A globalização produziu novos rostos de pobres: migrantes, vítimas da violência, refugiados, pessoas portadoras do vírus HIV, os tóxico-dependentes, meninos/as vítimas da prostituição, da violência, de tráfico de pessoas, de abortos, do trabalho infantil, pessoas com necessidades especiais, desempregados, analfabetos digitais, habitantes de rua...
Os cristãos são impulsionados pelo Espírito a participar da vida pública. Os leigos/as devem estar presentes na vida pública, atuando como sujeitos eclesiais e competentes interlocutores entre a Igreja e a sociedade.


A Formação dos Discípulos Missionários
Diante da atual sociedade pluralista e secularizada faz-se necessário reforçar uma formação dos discípulos missionários. O processo formativo se estende aos batizados não evangelizados - a maioria dos nossos católicos -, com uma identidade católica pessoal.
A Igreja cresce por ‘atração’ como Cristo ‘atrai tudo a si’ com a força de seu amor”. Começa com uma pergunta: “a quem procuram?” (Jo 1,38). Seguiu-se um convite : “venham e verão” (Jo 1,39).
Esta narração permanece na história como síntese do método cristão. A Igreja Particular e as entidades eclesiais devem ter como prioridade um projeto orgânico de formação. São fundamentais: a organização e a articulação dos leigos através dos Conselhos Diocesanos, Regionais e do Conselho Nacional dos Leigos do Brasil (CNLB).


A Espiritualidade do discípulo missionário
Os sujeitos da evangelização sejam alimentados por uma espiritualidade missionária conforme os dons, os carismas e ministérios. A ação do Espírito Santo faz arder o coração do seguidor de Jesus e o coloca no caminho dos irmãos.
A fidelidade ao Evangelho e a autenticidade do testemunho fazem parte da missão evangelizadora.
Nada substitui a experiência do Deus vivo: escuta da Palavra de Deus - no livro da Escritura e no livro da vida; participação na eucaristia; oração e a presença na realidade humana. O Espírito precede a ação e o assiste nas dificuldades, mesmo nos fracassos.


AGIR
Pistas de Ação para a Ação Evangelizadora
Três âmbitos de ação: a pessoa,a comunidade e a sociedade.


1.PROMOVER A DIGNIDADE DA PESSOA
O Desafio: A construção da identidade pessoal e da liberdade autêntica na atual sociedade.
A Fé Cristã: Filhos de Deus, nós o somos! (1 Jo 3,2)
A consciência missionária deve ter presente as pessoas como sinal do Reino de Deus. No Brasil tem crescido a experiência da visitação: às famílias e às residências, aos ambientes, aos locais de trabalho, às prisões e aos albergues. Estes locais se constituem em núcleos de convivência.
2. Renovar a Comunidade
O Desafio: A fragmentação da vida e a busca de relações mais humanas.
A Fé Cristã: Onde dois ou três estiverem reunidos, Eu estarei no meio deles! (mt 18,20).
A vida fraterna em comunidade alimenta atitudes de apoio mútuo, reconciliação, solidariedade e compromisso, partilha dos dons e dos bens a serviço na missão.
A experiência comunitária, vivida à luz da Boa Nova do Reino de Deus, conduz à fraternidade e à união. A variedade de vocações, espiritualidades e movimentos deve ser vista como riqueza sem competição, rejeição ou discriminação.


Comunidades Eclesiais de Base
Fruto de experiência em muitas regiões do Brasil, as comunidades eclesiais de base permitiram ao povo chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos.


Comunidade, dons, serviços e ministérios.
A comunhão de amor se manifesta na diversidade de carismas, serviços e ministérios. Toda Pessoa é portadora de dons em unidade e complementaridade com os dons dos outros. Neste sentido, se destacam: a diversidade ministerial; a formação dos conselhos; articulação das ações evangelizadoras
Comunidades que dialogam: Comunidades cristãs fechadas contradizem a dinâmica do Reino de Deus = sal, luz e fermento.
Diálogo ecumênico – A comunhão na fé professada no Credo e na Graça batismal une os católicos com as pessoas batizadas.
Diálogo inter-religioso – A verdadeira atitude de diálogo se estende para além dos cristãos: no encontro fraterno com religiões não cristãs. Este diálogo se estende aos mundos afro-descendente e indígena.


Comunidade essencialmente missionária
Os seus primeiros destinatários são os católicos afastados e indiferentes, alargando o horizonte na missão além fronteiras, em outras regiões e ambientes.


3.Construir uma Sociedade Solidária
O Desafio: O escândalo da exclusão e da violência na sociedade consumista interpela a solidariedade.
A Fé Cristã: “Não havia necessitados entre eles!” (At 4,34).
As condições de vida de milhões de abandonados e excluídos contradizem o projeto de Deus e desafiam os cristãos a um compromisso mais efetivo em prol da vida. A Igreja é chamada a ser uma Igreja Samaritana - sacramento de amor, de solidariedade e de justiça.
Pistas de Ação - Sociedade
A Igreja pode colaborar em diversificados caminhos de atuação:
Trabalhar por uma nova cultura de austeridade; estimular condições mínimas de subsistência; firmar o compromisso por políticas públicas; evitar sejam desviadas verbas sociais; estimular a segurança alimentar e nutricional; promover a justa distribuição de renda; combater a corrupção, através da Lei 9840; trabalhar pela segurança e pelo combate à criminalidade; incrementar a presença pastoral junto aos presidiários; promover uma sociedade que respeite a diferenças; educar para a preservação do meio ambiente
Compromisso solidário e compromisso social e político – Compromisso missionário nos novos areópagos
A solidariedade e o compromisso sócio-transformador levam a Igreja a assumir novas realidades. Entre eles, podemos destacar: o mundo das culturas, a realidade urbana, o mundo da educação e os meios de comunicação.
Incentive-se a participação social e política dos cristãos: nos Conselhos de Direitos, na busca de políticas públicas. ..
Apóiem-se as diferentes iniciativas de economia solidária: alternativas de trabalho e renda, consumo solidário, segurança alimentar, cuidado com o meio ambiente, formas de finanças solidárias, trabalho coletivo e busca do desenvolvimento local.


Diálogo com as culturas e a crescente urbanização
Os cristãos colaborem com grupos religiosos ou da sociedade civil, apoiando iniciativas ecumênicas, em parcerias com as populações de origem indígena e africana.
Tarefa importante: a formação de grupos no nível de decisão. Valorizar a busca da ética para superar o hedonismo, a corrupção e o vazio de valores. A ética social cristã é exigência para todos e uma contribuição da Igreja para uma sociedade justa. A educação pode ser adquirida através da formação na ação.
A urbanização é um fenômeno de amplo alcance. Ultrapassa os limites físicos das grandes cidades. A mentalidade surge em estreita ligação com os imensos aglomerados humanos e chega pelos meios de comunicação aos mais diversos recantos do País.


Mundo da educação e os meios de comunicação
A escola é lugar privilegiado de formação e promoção integral. A escola católica empenhe-se na sua identidade, como comunidade eclesial e centro de evangelização; é chamada a marcar sua presença por um projeto centrado na pessoa humana. A Ação Evangelizadora nas Universidades Católicas exige uma explicitação prática de sua identidade católica. Os cristãos aprendam a utilizar os meios de comunicação: estimulando o espírito crítico atento à manipulação da opinião pública pela mídia.


A Igreja propõe aos cristãos: apoiar a sociedade civil para a reabilitação da ética na política; priorizar a criação de fontes de trabalho para setores marginalizados; incentivar a atenção às pessoas necessitadas de proteção internacional...


CONCLUSÃO – “AI DE MIM SE EU NÃO EVANGELIZAR”
A Conferência de Aparecida convocou a Igreja na América Latina a colocar-se em estado permanente de missão. “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim. É, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se eu não evangelizar”.
Nós, Igreja no Brasil, assumimos o compromisso com a Missão Continental, conforme a inspiração de Aparecida, com rosto brasileiro. E o fazemos à luz das atuais Diretrizes da Evangelização, assumindo a convocação para uma efetiva conversão pastoral.
Os sujeitos privilegiados desta missão são cada comunidade eclesial e, dentro dela, cada fiel leigo/a.


enviado pelo Pe. Paulo Henrique Facin

quinta-feira, novembro 6

Dicas Para o Advento

A paz pode ser conseguida em qualquer nível cultural ou econômico e a cultura é uma forte ferramenta para conseguirmos a paz!
Cartaz da CF 2009

“a Paz é fruto da justiça”(Is 32,17).

Advento quer dizer vinda, chegada, visita. É o tempo de quatro semanas que antecede o Natal. Portanto, é um tempo santo de preparação para o nascimento de Jesus.


Como viver este tempo?
1. Participar das Novenas de Natal nas casas e transformá-las em Grupos de Reflexão. O melhor presépio é um grupo de pessoas reunidas nas casas em nome de Jesus.
2. Meditar a Bíblia.

O profeta Isaias agora nos fala de esperança: As espadas se transformem em enxadas, o luto em alegria, o deserto em Jardim. Sejamos testemunhas da esperança. O leão e o cordeiro, o urso e o cabrito, o lobo e o boi estarão juntos. Eis o tempo de paz.
3. Não falar nem propagar o papai-noel, mas o Menino Jesus.
Papai-noel é sedutor do mercado. Com abraços, risos, beijos seduz as crianças a serem consumistas. O velho matou o Menino. “Um Menino nos foi dado” (Is 9,5).
4. O Advento pede mais oração, meditação e silêncio. Nada de correria e menos televisão. Tenhamos tempo para os filhos, para o casal e os vizinhos. Voltemos a participar da Igreja, da religião. Eis o tempo de conversão e salvação.
5. Uma boa confissão é o melhor presente que podemos dar a Jesus. “Nasceu para vós um Salvador” (Lc 2, 11). Ele quer nossos pecados. Advento com um perdão a quem nos ofendeu é recuperar a alegria, a saúde e a paz.
6. Neste Advento de 2008, lembrando o que Jesus veio anunciar "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância" (Jo 10, 10). Cabe a todos nós como povo brasileiro, povo eleito de Deus, discípulos e missionários de Jesus Cristo, a tarefa de defender a vida, resgatá-la, recuperá-la.

7. Um pouco de penitência é saudável. Não dirigir embriagado. Não transmitir doenças contagiosas. Não justificar o mal. Pelo contrário, doar órgãos, doar sangue, adotar uma criança e evitar a dengue. Ser mais generoso na Campanha de Evangelização. Eis o verdadeiro Advento.
8. Os pobres, doentes, as crianças, pecadores são o centro do Natal. Daí que um gesto de acolhimento, de hospedagem, de visitação, de reconciliação pode marcar este tempo. Não economizar elogios, perdão, acolhimento, abraço, amizade e compaixão.
9. Ser positivo, alegre, principalmente ter os olhos fixos em Jesus, Maria e José. As mães gestantes têm – em Maria grávida de Jesus por meio do Espírito Santo – a proteção, a ternura, a paz. Os maridos como José, voltem para casa, a família. O bem primário e fundamental da vida é a família.
10. As crianças não só recebam presentes, mas aprendam a partilhar. Que se encantem por Jesus. Amemos as crianças desde o ventre materno. Não percam elas a inocência. Cresçam em idade, sabedoria e graça.
Neste Advento: “Escolhamos, pois, a vida!” (Deut 30, 15) e lembremos que “a Paz é fruto da justiça”(Is 32,17).

quarta-feira, novembro 5

Dedicação da Basílica de Latrão - a igreja-mãe de todas as igrejas católicas


9/11/2008
No dia 9 de novembro temos uma celebração diferente. É festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão. Trata-se da primeira igreja construída em Roma, dizemos a primeira de toda a Igreja, pois é chamada “Mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo”. É a catedral do Papa. Qual é o sentido de celebrar uma igreja? Não celebramos a igreja, mas a Igreja que aí se reúne, a comunidade. É a inauguração da vida da comunidade. Sendo de Roma, tem um sentido mais amplo, todo o povo de Deus.
Evangelho de Jo 2,13-22

A purificação do Templo
Estando próxima a Páscoa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. No templo encontrou os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados. Tendo feito um chicote de cordas, expulsou todos do templo, com as ovelhas e com os bois; lançou ao chão o dinheiro dos cambistas e derrubou as mesas e disse aos que vendiam pombas: “Tirai tudo isso daqui; não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio”. Recordaram-se os discípulos do que está escrito: O zelo por tua casa me devorará.Os judeus interpelaram-no, então, dizendo: “Que sinal nos mostras para agires assim?”. Respondeu-lhes Jesus: “Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei”. Disseram-lhe, então, os judeus: “Quarenta e seis anos foram precisos para se construir este templo, e tu o levantarás em três dias?”. Ele, porém, falava do templo do seu corpo. Assim, quando Ele ressuscitou dos mortos, seus discípulos lembraram-se de que dissera isso, e creram na escritura e na palavra dita por Jesus.

COMENTÁRIO




A Basílica Lateranense é considerada a mãe de todas as Igrejas da Urbe (Roma) e do Orbe (mundo). Esta Igreja conhecida por Basílica de São João de Latrão, foi construída por Constantino entre 310-315 na era cristã em Roma, sendo Papa, Silvestre I. Ela foi dedicada ao Santíssimo Redentor.

Por que a data da consagração desta Igreja é comemorada pela liturgia? A consagração de uma Igreja-Catedral, de forma solene, é como o batismo de uma nova comunidade que surge e se organiza ao redor do bispo, pai da comunidade. Retoma, também, o costume judaico de celebrar a dedicação do templo de Jerusalém.
O importante é que nas igrejas se celebre “um culto perfeito” e se alcance a “plena salvação” como diz a oração do dia de hoje. De fato, os cristãos tiveram necessidade de lugares onde pudessem se reunir para proclamar a palavra de Deus, louvar e agradecer a Deus e celebrar a eucaristia, presença de Jesus ressuscitado junto dos seus.
O evangelho nos alerta, neste domingo, para que façamos da casa de Deus uma casa de oração. Quando Jesus percebe que o templo está servindo para explorar o povo e que está perdendo o sentido verdadeiro, sendo lugar de comércio, expulsa os vendilhões.

Como estão nossas igrejas? São espaço de celebração, de oração a Deus? Por meio dos encontros comunitários nossas comunidades estão se fortalecendo na fé e no compromisso cristão? Ou nossas comunidades litúrgicas são apáticas, sem vibração ou até passarelas de moda?

FESTIVIDADES DO CENTENÁRIO

Cardeal de S.Paulo Dom Odilo Pedro Scherer

Padroeiro - São Carlos Borromeu


Padre Paulo H. Facin

Padre Nelson Ramos






Dom Paulo Sérgio Machado - Bispo de nossa Diocese


Padre Cézar A. dos Santos (atrás)



Cerca de 3000 pessoas participaram no último dia 4 da digna celebração que encerrou as festividades centenárias da diocese de S.Carlos.
A presidência foi do cardeal de S.Paulo Dom Odilo Pedro Scherer que recebeu especial saudação, logo no início da solenidade, de D.Paulo Sérgio Machado, bispo diocesano de S.Carlos. Também estiveram presentes outras autoridades eclesiásticas e civis, como D.Bruno Gamberini, arcebispo metropolitano de Campinas, Dom Francisco Zugliani, bispo de Amparo, Dom Vilson Dias, bispo de Limeira, Dom Joviano de Lima Junior, arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto e o Sr.Newton Lima Neto, prefeito de São Carlos.
Mons.Luiz Carlos, cura da Catedral, apresentou um breve histórico sobre a diocese centenária.
Todo encanto e canto da noite ficou por conta do coral do centenário, convocado especialmente para a data.

Durante a cerimônia, foi lida, pelo recém ordenado, Pe.Carlos Menezes Junior, a bênção enviada por sua Santidade o papa bento XVI à diocese de S.Carlos.
Durante sua homilia, Dom Odilo disse que participava de uma data histórica para a cidade de São Carlos. Citou o padroeiro como grande pastor e incentivou os diocesanos a darem testemunha de vida, ser testemunha da justiça e construir um mundo novo.
Ainda, na ocasião, foi entregue a D.Paulo pelo prefeito de S. Carlos o documento que comprova, após 100 anos, a posse da cúria diocesana sobre a praça envolta da catedral.
Ao final da celebração, D.Paulo entregou alguns mimos aos presentes.

Assista ao vídeo da Celebração Eucarística que concluiu as festividades do centenário diocensano