sábado, janeiro 31

4º domingo do Tempo comum - 01/02/09


Anunciando para libertar


Marcos, em seu Evangelho, quer mostrar que Jesus é o Filho de Deus, acima de toda força do mal. Por isso vamos ver, muitas vezes, este confronto com o demônio. Esse poder do mal se manifestava nas estruturas dos lugares sagrados que não libertavam as pessoas. E não queriam mudanças. Seu Evangelho era lido pela comunidade frágil que sentia a oposição à pregação do Evangelho por parte dos discípulos. Mas ela tem consciência que a força da Palavra é superior a qualquer oposição do mal instituído no povo. A recusa do mal, em verdade, é uma profissão de fé: "Que queres de nós, Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus" (Mc 1,24). O povo judeu reconheceu que Jesus era o Enviado, mas isso destruía seu esquema de poder, inclusive econômico. Não era conveniente. O poder do ensinamento de Jesus era sua capacidade libertadora. Hoje podemos ver que as pessoas até gostam de Jesus. Mas não se comprometem, pois é preciso converter-se e libertar-se destas opressões do mal.


O início do Evangelho de Marcos traz o começo da pregação de Jesus. O centro dela é a conversão, mudança de rumo para viver o Evangelho.

No 4º domingo vemos Jesus ensinando em Cafarnaum. Ele é o profeta como Moisés, que fala as Palavras de Deus. Seu poder está em falar a Palavra que ouviu do Pai. O milagre explica a força da Palavra. Cada um é responsável diante da Palavra anunciada.


Marcos quer mostrar que Jesus é o Filho de Deus, acima de toda força do mal. Por isso mostra o confronto com o demônio. O fato de ser na sinagoga diz que até nas estruturas sagradas há o poder do mal. A comunidade primitiva sente a oposição, mas crê na força e poder da Palavra. O ensinamento de Jesus liberta. Muitos gostam de Jesus, mas não se convertem do mal que os oprime.


O início da pregação de Jesus evoca, pelo símbolo do afastamento de João, que o tempo antigo chegou à plenitude. Anuncia-se plena realização do Reino na pessoa de Jesus. Acolher Jesus exige conversão dos modos que criam obstáculos à aceitação de Jesus.

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