domingo, fevereiro 17

Podemos estar orgulhosos de nossos presbíteros




Podemos estar orgulhosos de nossos presbíteros”, afirma dom Cláudio Hummes
quinta: 14 de fevereiro de 2008

Numa palestra proferida na manhã desta quinta-feira, 14, durante o12o. Encontro Nacional de Presbíteros (ENP), em Itaici (SP), o prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, ao traçar o perfil do clero, reconheceu os problemas enfrentados pelos padres mas, ao mesmo tempo, ressaltou seu trabalho. “99% de nossos sacerdotes, de modo geral, são homens dignos, bons, homens de Deus, admiráveis, generosos, honestos, incansáveis na doação de todas as suas energias ao seu ministério, à evangelização, em favor do povo, especialmente a serviço dos pobres e dos marginalizados, dos excluídos e dos injustiçados, dos desesperados e sofridos de todo tipo”, disse o cardeal sob o olhar atento de uma platéia composta de 450 padres de todo o país. “Podemos e devemos estar orgulhosos de nossos presbíteros e dizer-lhes que deles nos orgulhamos, os veneramos e amamos realmente, com claro reconhecimento do trabalho pastoral que realizam”, sublinhou.
Entre as dificuldades elencadas pelo prefeito da Congregação para o Clero elencou a pobreza e a miséria de boa parte da população latino-americana, a falta de recursos e condições materiais necessárias para uma boa infra-estrutura pastoral e “o ativismo proselitista das assim chamadas Seitas evangélicas (neo-)pentecostais, que com frequência são agressivamente anti-católicas"

Dom Cláudio lembrou, também, problemas de desvios e abusos na conduta moral-sexual. Para ele, esses problemas são “super-dimensionados pela mídia” e atingem uma parcela pequena do clero. “Provavelmente, não chegam a 1% os envolvidos”. Citou como mais grave a pedofilia. “Grave principalmente por causa das vítimas que são crianças, cujas vidas ficarão traumatizadas e feridas, quase sempre de modo irreparável”. Dom Cláudio reafirmou sua confiança nos padres e creditou a eles o serviço pastoral da Igreja. “A Igreja sabe que os presbíteros no mundo são um enorme e valiosíssimo contingente de homens ordenados que, por assim dizer, carregam nos ombros, quotidianamente, a vida eclesial assim como ela acontece de fato nas comunidades católicas espalhadas por toda a terra. São eles os pastores imediatos de nossa gente, que vivem e convivem ali junto ao povo nas comunidades”, disse. Em uma hora e meia de conferência, o cardeal traçou, também, a realidade do presbítero na América Latina e discorreu sobre o presbítero como discípulo de Jesus a partir do Documento de Aparecida e sua formação. “Para o presbítero ser um discípulo missionário hoje na América Latina e em especial no Brasil, exige-se que não negligencie sua formação continuada no âmbito intelectual. Isso significa estudo”, afirmou. “O padre não pode negligenciar o estudo da Bíblia, da teologia, da filosofia, nem o estudo da sociedade atual com todos os seus avanços em muitos setores e, por outro lado, com seus desvios ideológicos, suas carências socio-econômicas, ou seja, a pobreza e a miséria persistentes de grande parte de sua população.

Fonte: Entre-redes

enviado por: Nice Previero

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